sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E lá vamos nós outra vez

Este foi o ano dos investimentos. Foi um ano tão preenchido que me pareceram três ou quatro. Foi o ano dos desafios. Dos limites. Do oito e do oitenta em simultâneo. Do dar tudo por tudo e ser tudo igualmente tão bom e tão mau ao mesmo tempo. Foi o ano em que mais de metade das noites dormi menos de cinco horas e mais de metade das manhãs pensei que era o dia em que me ia despedir no trabalho. Foi o ano em que fiz novos amigos daqueles para a vida, amei como se não houvesse amanhã, voltei à vida académica e aceitei desafios profissionais tresloucados. Foi o ano das aventuras. E para o ano que vem não peço nada de novo até porque não espero que as coisas venham ter comigo sozinhas. Que isto seja válido para todos vocês também, e que o próximo ano traga apenas o retorno merecido de tudo aquilo em que investimos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conversa com o mano #1342

Na sala de espera do hospital, enquanto olhamos para o meu dedo ensanguentado.

Ele: Os teus dedos são fininhos. Qual é o teu número de anéis? Nove?
Eu: Tens noção que ninguém sabe essas coisas a não ser quem precisa dessa informação para o trabalho...
Ele: És mulher, podias perfeitamente saber isso!
Eu: Eu nem sei a letra do tamanho das copas dos meus soutiens!

(após 5 segundos de silêncio)
Ele: Realmente não sei por que me dizes essas coisas.

A Belota tem dói-dói

Bastou um pequenino corte no dedo para uma ida à farmácia, para um argumento gigante que só precisava de comprar "pensos-rápidos grandes", para uma ferida com sangue que não estancava, para ter que pedir boleia ao colega para o hospital, para companhia do mano na sala de espera, para uma hora e meia sentada enquanto aguardava que me chamassem, para um médico estagiário divertidíssimo comigo e desejoso de poder treinar medicina no meu dedito, para uma sala com dois médicos e três enfermeiros, para me perder nos corredores do hospital feita loura-burra, para um taxista que vai calado o caminho inteiro e quando me deixa em casa subitamente diz "este país precisa de uma revolução, mas não é de cravos, é de balas, começa-se na Assembleia da República, só preciso de mais uma pessoa, pode ser uma mulher". Balanço da coisa, dois pontos e uma vacina contra o tétano.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Guia das Mulheres versão BD

Copyright: The Pink Shrink. Aqui. Recomendo muito.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NÃO!!!!!

Já uma vez se tinha falado aqui sobre roupa com motivos infantis e do quão ridículo isso fica numa mulher crescida. Mas isso era antes de eu ter descoberto a versão para homem. E o pior, também existe em cor-de-rosa. Estou escandalizada. Agradavelmente distraída com o senhor da fotografia, mas escandalizada.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Epá, a sério??

Sou daquelas pessoas que não gosta particularmente do Natal. Aliás, não devo gostar mesmo, tendo em conta que no ano passado fugi para a outra ponta do planeta e já uma outra vez tinha feito algo semelhante. Este ano porque não podia fugir, lá me lembrei da melhor forma de passar a coisa. Oferecer-me como voluntária no hospital aqui mais perto de casa. Além da aventura que foi ligar para o gabinete de voluntariado (e a fortuna em ligações e tempo de espera), quando finalmente me retribuíram a chamada, dois dias depois, foi para me informar que não só é uma complicação burocrática uma pessoa inscrever-se como voluntária, como nem sequer está planeado nada para a noite de Natal. Estas coisas deprimem-me. É que nem fazer uma boa acção é fácil!

Não, I do not wish it would rain down on me. Mas chove na mesma.

Um colega meu já me cantou esta música de manhã. Chove na sala de minha casa, e chove no trabalho mesmo em cima da minha secretária. Devo atrair este tipo de coisas. Agora vou só ali ser amiguinha do Phil Collins para ver se tiro algum sentido disto, e já volto.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não há problemas sem solução

Acabei de chegar a casa para descobrir que me está a chover na sala. Ora como um telhado novo me parece algo carote e os tempos não estão para isso, não vejo outra hipótese senão arranjar um menino destes para me proteger os tapetes da água.

Victoria Secret 2010-2011 Fashion Show

Quero TUDO. Tudo. As cuecas, os soutiens, os corpetes, os sapatos, as botas, os colares, as asas, os meninos de abdominais definidos a fazer ginástica lá para o terceiro minuto do vídeo, tudo. Até as meninas boazonas podem vir que eu depois como sou querida faço a distribuição aqui pelos leitores masculinos do blog. No espírito de Natal, até deixo o Capitão Microondas ser o primeiro a escolher.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Detesto compras de Natal

Acabei de chegar de um centro comercial com o ar condicionado no máximo e 300 biliões de pessoas transpiradas a esfregarem-se umas nas outras. E ainda faltam três dias para o Natal. A seguir caminhei à chuva até ao carro. Estou com a sensação que devo cheirar a cão tinhoso e molhado. Que assim de repente é a coisa mais nojentinha de que me consigo lembrar.

Presentes de Natal inesquecíveis

Está neste preciso momento um senhor no telejornal da TVI a sugerir extintores, lâmpadas de emergência e protecções de casa para crianças como presentes de Natal originais. Diz o mesmo, que "quem receber um extintor como presente nunca se vai esquecer!". Pois, aposto que não. Alguém que mo desse e também não se esqueceria. Garanto.

E vocês? Qual foi o presente de Natal mais estranho que já receberam?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Só por causa do mau tempo vamos falar de maminhas para ver se isto anima

Os 7 factos mais curiosos/divertidos/que-aposto-que-não-sabiam sobre maminhas:

A mulher com o maior peito do mundo, chama-se Sheyla Hershey e veste um soutien tamanho 38kkk.
Eu que sou mulher nunca me consegui entender bem com esta coisa das letras no tamanho dos soutiens, por isso, para ficarem com uma ideia, podem espreitar aqui. São falsas, claro, mas também já vi uma imagem da mulher com o maior peito natural do mundo, e, trust me, vocês não querem ver aquilo! Blagh.

A Inglaterra é o país da Europa onde as mulheres têm maminhas maiores
Mas isso já sabíamos. Aqui andamos sempre a par dessas coisas. (link)

Os implantes mamários aumentam o risco de suicídio
Parece que as mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia apresentam mais problemas psiquiátricos do que as restantes. Lindo. Adoro as pessoas que dedicam a vida a este tipo de estudos!

Quase que houve uma lei que impedia mulheres de seios pequenos de conduzirem motas no Vietname
Foi levada a aprovação pelo Ministério da Saúde, em 2008, por questões de segurança (que eu penso que ninguém percebeu muito bem) mas no ano seguinte desistiu-se da ideia.

Em Hong Kong é possível tirar uma licenciatura em Estudos de Soutiens
Ah pois, é um curso do Politécnico lá do sítio. Ensina a desenhar e construir soutiens. Muito bom!

Existe uma Organização Não Governamental que luta pelo direito de as mulheres andarem em topless.
É uma questão de direitos constitucionais, dizem os seus membros. E promovem bastantes encontros de maminhas ao léu, como não podia deixar de ser. Têm um site com um nome muito pouco óbvio, para quem estiver interessado: gotopless.org. (E aparentemente é legal andar despido da cintura para cima no Hawaii, Texas (!!!), Ohio, Nova Iorque e Maine.)

Há um toque para o telemóvel que promete aumentar o tamanho dos seios das mulheres que o ouvem
Foi inventado no Japão, por um médico que combinou uma música com o choro subliminar de um bebé, que aparentemente desperta o instinto maternal das mulheres e faz com que o corpo comece a produzir leite. Parece que basta ouvir o toque 20 vezes durante dois dias para se notar o aumento. Para quem quiser experimentar, o ringtone chama-se... Rock Melon!

E agora, não fosse isto um Guia das Mulheres Para Totós, uma última dica só para eles:
Gostamos tanto de brincar com as nossas maminhas como vocês. ;)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Special delivery at the office

E se em vez de flores, um menino nos enviar uma caixa gigante de bolachas para o trabalho? A Belota está rendida. Gostou muito. Oh gostou tanto! :)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Faz hoje um anito que fui para a outra ponta do mundo

Assumindo o cliché, mas a verdade é que o tempo passa mesmo depressa. Faz hoje um ano que me estava a enfiar num avião para 60 horas de viagem ao todo e um mês inteiro passado entre Bangkok, Austrália, Nova Zelândia e Ilhas Fiji. Lembram-se? E o calor, tanto, tanto calor! Hoje abri a carteira para procurar uma moeda e os meus dedos não queriam colaborar. Estavam congelados. Só por isso já marquei passagem para as próximas férias. E não falta assim tanto.

Aqui fica um apanhado do melhor do ano passado:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Somos tão diferentes, até nas coisas mais básicas!

Quando somos pequenos, os nossos pais vestem-nos de uma forma muito simples. Enfiam-nos a gola da camisola pela cabeça abaixo e depois vêm com a conversa de "agora um braço, agora o outro". Não é muito complicado. Nós crescemos e continuamos com o esquema. Parece apropriado. No entanto, algures durante o crescimento dos homens, solta-se ali um gene qualquer que só eles é que têm, em que decidem que primeiro se enfiam os braços, e depois alarga-se a camisola toda para puxar a gola pela cabeça até ao pescoço. Todos os homens que conheço fazem isto. Nunca percebi porquê.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para acabar com esta onda de sentimentalismos e relações

Assim é que é. Nas palavras de Miguel Esteves Cardoso. Sem tirar nem pôr.

"Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cinco patamares da dor – o que as mulheres sentem no final de uma relação

Estava a ver um episódio repetido de Anatomia de Grey, em que se falava nos cinco patamares da dor. Denial, anger, bargaining, depression, acceptance. E lembrei-me de como isso explicava tão bem o ponto de vista feminino expresso no post anterior, se aplicado ao término de uma relação. Dizia o guião:

"According to Elisabeth Kübler-Ross, when we're dying or have suffered a catastrophic loss, we all move through five distinct stages of grief. We go into denial because the loss is so unthinkable we can’t imagine it’s true. We become angry with everyone, angry with survivors, angry with ourselves. Then we bargain. We beg. We plead. We offer everything we have, we offer our souls in exchange for just one more day. When the bargaining has failed and the anger is too hard to maintain, we fall into depression, despair, until finally we have to accept that we’ve done everything we can. We let go. We let go and move into acceptance."

É que é precisamente por isto que passamos. Se há por aí algum menino que não entenda o que nós sentimos no final de uma relação em que ainda acreditamos, é isto. Daí a nossa persistência e indignação com o derrotismo deles. Primeiro pensamos que aquilo não pode estar a acontecer, depois revoltamo-nos e gritamos, barafustamos, acusamo-los de tudo. De seguida tentamos regatear. Imploramos. Fazemos qualquer coisa só por mais um dia que seja. Quando nos apercebemos que isso não leva a nada e já não conseguimos manter a raiva, caímos em depressão, desesperamos até percebermos que fizemos tudo aquilo que podíamos. E aí podemos partir para a aceitação. Porque sabemos que tentámos tudo. Que não baixámos os braços e que não nos permitimos desistir. E aceitamos com serenidade. Porque sabemos que demos o nosso melhor.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Derrotismo masculino vs Persistência feminina

Já assisti a isto milhares de vezes. Com ex-namorados, com amigos, nas minhas relações, nas relações dos outros, e até em escolhas profissionais. Um homem quando vê um obstáculo e se apercebe que o caminho não augura nada de bom, resigna-se e baixa os braços. Corta o mal pela raíz e convence-se que está a fazer a coisa certa. Escolhe sofrer menos no presente para não sofrer mais no futuro. Nós, por outro lado, vamos até ao fim do mundo pela coisa mais improvável. Custe aquilo que custar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A melhor (ou mais hilariante) definição de amor de sempre

"Amor é esconder quem somos durante todo o tempo, mesmo quando estamos a dormir, amor é dormir com a maquilhagem e descer até ao Burger King para fazer cocó, é esconder álcool em frascos de perfume. Isso é que é amor."

(ouvido num episódio de 30 Rock)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ai que semana tão complicaaaaada...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O pai teve um pequenito percalço...

Foi para o hospital e mandaram-no fazer exames. Quando deu por isso estava na sala de obstetrícia, e diz ele que de facto estava a achar esquisito só estarem lá mulheres. De seguida foi posto num quarto na ala de pediatria, com uma placa à porta a dizer "sala de jogos". Typical.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pooorto

Se calhar o menino é só fotogénico, ainda não sei, mas pelo sim pelo não, e visto que não sei por onde anda o Quique, vou ver com atenção o jogo do Porto. :)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O meu date de 59 anos

O pai fez anos e pela primeira vez o jantar de aniversário foi só comigo. Não envolveu o tio que é irmão gémeo, os primos, ninguém. Só os dois. Fazemos isto com frequência, mas como ele fazia anos, fizemos questão de ir a restaurante especial, que por acaso pertence a um hotel. Diálogo nos primeiros cinco minutos após nos sentarmos à mesa:

Pai: As pessoas vão pensar que és minha namorada.
Eu: Que disparate.
Pai: A sério. Os meus colegas de trabalho dizem-me às vezes que me viram na rua com uma namorada nova e depois eu tenho sempre que lhes explicar que é a minha filha!
Eu: Que bom, hum? Quase 60 anos e uma namorada de 30...
Pai: Não tem piada! És minha filha!
Eu: Vá lá, que parvoíce, o que interessa o que as pessoas acham?
Pai: Estamos aqui os dois, neste restaurante, à noite, bem arranjados, parece outra coisa...
Eu: Se calhar parece um pai divorciado a jantar com a filha como milhares de outros na mesma situação.

(pai começa a ficar nervosinho)
Pai: Eu sei que estão a pensar isso. Até o empregado. Vai olhar para nós e pensar isso.

(o empregado aproxima-se da mesa com um ar natural)
Empregado: Boa noite, estão hospedados aqui no hotel?
Pai (absolutamente ofendido e em pânico): NÃOOO!!!

Carteiras feitas de tuuuudo e por mim podem vir tooodas

A Tela Bags enviou-me um necessaire todo giro feito de telas recicladas, e, para minha desgraça, o catálogo novo com todos os modelos. Adoro a colecção Press Line feita com jornais, revistas e afins reciclados, mas as que mais me surpreenderam foram as da linha L-Seven, feitas com sobras de pavimentos em linóleo. Linóleo! Lindo. Super original!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estou em greve

Mas as coisas por fazer vieram para casa comigo. E visto que o computador do local de trabalho avariou e o telhado tem um buraco que faz com que chova em cima da minha secretária, estou cá com um feeling que vou trabalhar mais e melhor em casa do que se estivesse no escritório. Não é lá uma grande greve.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Gosto das pessoas que dizem "tolerância de ponte". É querido. Nem interessa a terminologia. Desde que não se vá trabalhar...

Dia Internacional do Homem

Ainda não se falava disso na televisão, facebook e afins, e já se sabia aqui. Ah pois é, sempre em cima do acontecimento!

Agora vão lá, queridos e adoráveis meninos totós, tomar conta dos vossos bigodes ou seja qual for o movimento que corre por aí no dia de hoje. Mas façam-no com aprumo, que eu conheço muita mulher com um jolie moustache capaz de bater o de muitos homens.

(também já falámos de bigodes. aqui.)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É, parece que é mais ou menos isto.

Obrigado à Maria que me enviou por e-mail esta e outras imagens que mais tarde aqui aparecerão. No dia em que vos dissermos que nos sentimos 100% preenchidas, agarrem-se a esse momento com unhas e dentes. Tirem imagens mentais, façam um freeze cerebral e aproveitem. É provável que não dure muito.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Temos sempre razão. Mesmo quando não temos. Vá, pelo menos podemos tentar.

Ele diz que eu faço isto com frequência e que é a grande prova da minha teimosia. O que ele ainda não percebeu é que eu preciso de dizer "não" muitas vezes de forma a ganhar tempo para inventar um argumento qualquer mirabolante que justifique o meu ponto de vista absurdo. Mas essa parte eu não lhe vou explicar. :)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Se não somos mais felizes é porque gostamos de complicar

Nunca usei a expressão “não me contento com pouco”. Porque na realidade o “pouco” é um termo que me parece errado. Andamos à procura nem sabemos de quê, e por isso achamos que queremos é mais. Eu contento-me com as coisas simples. Embora, vendo bem, isso não seja pouco, porque saber apreciar as coisas simples às vezes é complicado e passa-nos ao lado. Somos demasiado exigentes? Não temos assim tanto a oferecer à outra parte? Claro que não somos e que temos. Andamos é focados nas coisas erradas. Não esperem ter ao vosso lado uma pessoa que vive inteiramente para vocês porque isso é negar uma parte da sua individualidade. Esperem antes que nos momentos em que estão juntos as coisas façam sentido. O encaixe a 100% é possível de obter desde que saibamos onde nos encaixar. Desde que tenhamos conhecimento do nosso lugar e consigamos compreender o mundo à nossa volta. Basta, como disse o Laredo e muito bem num comentário ao post anterior, que saibamos investir em nós mesmos e deixar que o outro invista nele próprio. E tenho a certeza que esse investimento reverterá positivamente na relação. Às vezes basta um gesto ou um olhar, um saber dizer as coisas sem usar palavras. Bastam as coisas pequeninas que sabem pela vida. Vá lá, não pode ser tão complicado assim.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Por trás de um grande homem há sempre alguém

Vi o documentário “L’Amour Fou” sobre a vida de Yves Saint-Laurent, contada na primeira pessoa por Pierre Bergé, o companheiro de vida, de negócios, de tudo. E mesmo durante as cenas em que ele é visto a vender tudo o que tinham num leilão da Christie’s, mesmo sabendo que se Saint-Laurent fosse vivo não o faria, que as peças representam momentos de vida a dois e que eram parte das suas almas, mesmo assim, é impossível sentir um pouco que seja de animosidade por aquele homem. Não posso dizer neste caso que por trás de um grande homem houvesse uma grande mulher. Mas posso dizer que havia um outro grande homem. Porque é por isso que temos relações, que formamos equipas, que não vivemos sós. Porque de facto juntos somos mais fortes. E Yves Saint-Laurent nunca teria sido quem foi se não fosse por Pierre Bergé. Sorte a de quem encontrar na vida alguém assim que traga o melhor de nós ao mundo. Saí do filme serena e inspirada. Quero o mesmo para mim. E quero também ser esse outro alguém especial que traz o melhor de quem estiver comigo. Parece-me uma relação com sentido. Será pedir muito? É que estou certa que não o farei por menos.

Estoril Film Festival

E lá se passou mais um. Estes nove dias pareceram-me três semanas, que isto de andar num festival de cinema em trabalho implica muitas horas gastas em coisas que não apetece e muitos filmes sem interesse vistos em detrimento daqueles que se queria ver mesmo. E quem é que tem dois dvd’s autografados pelo Malkovich, quem é? Depois vale por estas coisas. E pelo filme do Yves Saint-Laurent, mas esse merece um post a solo. E “A Espada e a Rosa” do português João Nicolau? Alguém viu? Alguém explica?? E o desfile do Malkovich ? Bons pijamas.

Foto: Associated Press

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Hoje é dia de post-its no telemóvel

Não chegam os reminders, o telefone a tocar 10 minutos antes de cada coisa que tenho para fazer, os papelinhos espalhados pela secretária com horas e nomes de pessoas. Não. O dia de amanhã é tão preenchido que foi preciso colar um post-it amarelo gigante no telemóvel preto, para ver se dou conta do recado. Ainda hoje não terminou e já estou cansada de amanhã.

Só para recordar

Ainda sobre pessoas com dificuldades e sobre ajudar o próximo, lembrei-me deste post que escrevi há mais de um ano atrás. Ainda me cruzo com frequência com este senhor sem-abrigo, e lembro-me sempre desta história.

«Na minha vida (que às vezes penso que existe num universo paralelo, só pode) até o acto de ajudar tem as suas variantes mais cómicas e estranhas. Prova disso é o sem-abrigo que vive na rua perto da minha casa. Todos os Natais costumo ir lá levar-lhe um pouco da refeição da minha Consoada e fico contente por perceber que não sou a única a fazê-lo. O Natal passado não foi a ocasião mais festiva de sempre, mas não me esqueci dele, e comprei um frango assado quentinho para lhe ir lá deixar. Chego lá, ofereço-lhe o frango, desejo-lhe um Feliz Natal, e o homem olha para o saco com o ar mais entediado do mundo e diz-me todo chateado:
“Mas quanto frango é que vocês acham que eu consigo comer?!”»

A ver se este ano é a vez da lagosta...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Coisas que me enervam

A crise e o jeitinho que temos para nos fazermos de vítimas, e como a televisão nacional explora isso. Já não aguento mais reportagens sobre gente que não tem dinheiro para comer. É que falta de comida é coisa que me faz mesmo aflição. Mas depois faz-me confusão ver imagens de famílias a abrirem o frigorífico para se queixarem que não têm lá quase nada, mas o pouco que têm é da Compal, Mimosa e Panrico. Marcas brancas que custam um terço, nem vê-las. Nas televisões ao lado, passam canais por cabo de custo extra que nem eu tenho. Agora mesmo no telejornal falava-se num estudo que afirma que os portugueses vão gastar em média 575 euros em compras de Natal. Tomara muita gente receber isso como ordenado. Os bilhetes para o concerto da Shakira estão esgotados, tal como esgotaram os do Michael Bublé ou dos U2 em Coimbra (mais hotéis, gasolina, portagens e comida para a maior parte de quem lá foi). Continuamos a ser dos países que vendem mais automóveis novos. Na Sábado vinha um artigo de umas crianças que não comiam porque a família não tinha dinheiro para os alimentar. A mãe não trabalhava e o pai tinha perdido o emprego e estava sem subsídio. Antes disso tirava 2500 euros por mês. E poupanças? Eu não sou ninguém para vir para aqui refilar ou ensinar como se vive, mas enerva-me, porque a verdade é que há mesmo gente com fome e sem dinheiro para comer. Gente sem casa, sem televisão e com um frigorífico verdadeiramente vazio. E depois há outros, de acordo com o telejornal também, que gastam 600 euros em bilhetes para o futebol. E o que me tira mesmo do sério, é que são esses os que depois se queixam.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gosto deste franco optimismo feminino


"You want a perfect girl,
and I look shitty today,
I know you’re gonna dump me again
And I am gonna cry."

Mas dito com uma voz tão querida e a música é tão gira, que só me dá vontade de sorrir!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Masturbação quê???

Estava numa clínica nova a tratar da ficha de cliente para a depilação definitiva, enquanto a senhora, muito simpática, ia preenchendo um questionário que eu conseguia ver no monitor do computador, sobre as mais diferentes coisas que podiam influenciar o crescimento dos meus pêlos. Depois de umas 20 perguntas, espreito o monitor, e vejo que a questão seguinte era sobre a regularidade da minha menstruação. A senhora olha para mim, e, numa situação em que eu juro que ouvi bem e que ela é que se enganou, pergunta-me com as letrinhas todas:

- A masturbação? É irregular?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Conversa com o mano #2635

Eu: Um colega meu queixou-se que a namorada tinha cortado o cabelo, ele não tinha gostado, mas não sabia como o dizer. Por isso mentiu. E além de se sentir mal por tê-lo feito, queria que lhe explicássemos um modo de ele ser sincero mas sem a magoar. Nós não sabíamos. Aliás, chegámos à conclusão que esse era um problema que nunca teríamos. A maior parte de nós teria olhado para o namorado e dito sem hesitar "és um estúpido, olha o que foste fazer ao cabelo, estás horrível". E a parte grave nisto tudo, é que para a maior parte das mulheres, este tipo de frontalidade não é maldade, é normal! Eu não sei como é que vocês aturam isto!

Ele: Pois, sobretudo se pensarmos que há para aí sete mulheres para cada homem. Supostamente temos por onde escolher, mas aguentamos.

Eu: Mas não é justo, nós somos frias e directas, e cada vez tenho mais ideia que são as mulheres más que mantêm os homens por mais tempo! Nada disto faz sentido!!

Ele: Faz. A culpa é nossa.

Eu: Porque o permitem?

Ele: Não. Porque somos parvos. Asnos perfeitos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Assédio telefónico

Não tenho paranóias à volta do telefone. Nunca desligo o telemóvel à noite. Já aconteceu precisarem de mim numa emergência e eu não tenho número fixo em casa. Não vejo aflição nenhuma em atender números que não conheço (não sei nem tenho guardados os números de toda a gente) e atendo sem hesitar números não identificados. Antes dos telemóveis todos atendíamos o telefone sem saber quem estava do outro lado e nunca ninguém morreu disso. Mas ocasionalmente lá acontece o frustradinho sem confiança ou vida pessoal que se apresente, que resolve matar o tempo a azucrinar-me o juízo com telefonemas ou mensagens não identificadas. Já me aconteceu de tudo. O que me ligava enquanto se masturbava, o que me enviou tantas mensagens que eventualmente meteu a namorada a fazê-lo por ele (ou fazia-se passar por ela, o que é uma jogada terrivelmente inteligente e assustadora), e agora o que liga só para dizer olá, e que o fez umas doze vezes esta noite enquanto eu tentava dormir. O mais estranho nesta gente: uma pessoa ignora ou rejeita o contacto trinta vezes, e trinta e uma vezes eles insistem.E enquanto luto contra a vontade de assassinar estes palhaços todos à pedrada (depois de descobrir uma forma eficaz de o fazer via telefone), e porque sei que isto acontece com frequência a muitas mulheres, pedia que me contassem o que já se passou convosco. Só para eu me poder lembrar e talvez rir um bocadinho quando esta noite o telefone desatar a tocar novamente.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E agora nas palavras de Oscar Wilde

"Como é que uma mulher pode esperar ser feliz com um homem que insiste em tratá-la como se fosse um ser humano perfeitamente normal?"

Não somos. Geralmente achamos que somos especiais e que o mundo gira à nossa volta. Também não sabemos muito bem aquilo que somos na realidade. Depende do dia. Ou da hora. Do minuto, vá. Somos queridas, somos vingativas, somos sexys, somos infantis, somos adoráveis, somos detestáveis, somos perigosas, somos preocupadas, somos atentas, somos distraídas, somos um espectáculo, somos insuportáveis, somos decididas, somos completamente perdidas da cabeça, somos impecáveis, somos doidas, somos apaixonadas, somos maternais, somos independentes, somos inconstantes, somos aventureiras, somos temerárias, somos precipitadas, somos alegres, somos mariquinhas, somos felizes, somos profundamente infelizes sem qualquer razão aparente, somos gordas quando todos nos acham magras, somos baralhaditas emocionalmente, somos inesquecíveis, somos sonhadoras, somos focadas e arrebatadoras. Mas se há coisa que não somos, é normais. Isso seria demasiado banal e redutor. E somos tão mais do que isso.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nas palavras de Barbra Streisand

"Porque é que uma mulher se esforça 10 anos para mudar os hábitos de um homem, se no final não faz senão queixar-se que ele já não é a mesma pessoa que conheceu há 10 anos atrás?"

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Em que é que os homens e as mulheres são melhores uns que os outros?

Não acredito na superioridade de um sexo sobre o outro. Mas defendo que não somos iguais. Há coisas que as mulheres fazem melhor, e coisas para as quais os homens têm muito mais jeito do que nós. E há que admiti-lo. Não são falhas de carácter ou de personalidade, mas antes pequenas diferenças que fazem com que nos completemos. Os homens têm um sentido de orientação melhor que o nosso, mas nós prestamos mais atenção aos detalhes. Somos mais atentas e temos uma memória espantosa (sobretudo para aquilo que não lhes dá jeito) mas eles são mais focados e directos. O exercício que proponho aqui hoje, é que se lembrem daquilo que nos distingue. Até porque eu tenho um menino à espera que eu lhe recite uma lista de coisas em que as mulheres são melhores que os homens... Quem ajuda? Vá, vale para os dois lados!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ah que saudades do amor louco e jovem

Disse-lhe ele, com o ar mais querido do mundo, à frente de todos os que passavam:

"Às vezes tenho vontade de te partir uma perna só para poder ficar em casa a cuidar de ti"

domingo, 10 de outubro de 2010

Post que se calhar só as meninas vão entender

Fui ao cinema ver o "Comer, Orar, Amar", e durante todo o tempo do filme em que aparece o Javier Bardem, eu só esperava ansiosamente que ele olhasse para a Julia Roberts toda apaixonadinha, e dissesse, "sou um produto da tua imaginação, tens um tumor cerebral e o George vai morrer".

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A tal história da Nova Zelândia e dos filmes de terror (ou como eu vejo televisão a mais)

Por altura do Natal passado, um dos sítios por onde passei, foi pela Nova Zelândia, e um local que fiz questão de visitar, foram as praias onde foi gravado o filme O Piano, de Jane Campion. Fui contando mais ao menos por aqui aquilo que andava a fazer, mas acho que não cheguei a contar o episódio do senhor e da viagem pela floresta tropical.

O único modo de se chegar às tais praias, é atravessar as montanhas infindáveis e a fabulosa rainforest neozelandesa. E a única solução que encontrei para o fazer, foi alugar um surf shuttle, conduzido por um senhor extremamente simpático e absolutamente gigante. Facto número um, logo aqui, a prestar atenção: um senhor grande e fortíssimo com quem eu nunca conseguiria lutar, e incrivelmente simpático, que nos filmes eles são sempre simpáticos inicialmente para se conseguirem aproximar das vítimas. Mas lá fomos, a mãe e eu, sozinhas, de madrugada, bem cedinho, uma hora de caminho pela autoestrada com o senhor, e depois mais duas horas pela montanha, onde não se vê absolutamente nada nem ninguém, onde não há turistas, não há mais carros, não há rede no telemóvel, não há NADA! Aí trocámos olhares e pensámos as duas “bonito, duas mulheres sozinhas no outro lado do planeta, no meio da floresta, com um estranho gigante. Se nos acontecer alguma coisa ninguém sabe onde estamos!”. No início da montanha o nevoeiro era imenso, cinzento escuro, assustador, mas felizmente à medida que as horas foram passando o céu lá foi ficando mais claro. E o senhor sempre simpático.

Chegámos às praias, vimos aquilo tudo a pé, andámos quatro horas dentro da floresta, e regressámos ao ponto de encontro para voltarmos para a cidade. Tínhamos andado para aí uns 20 minutos numa estrada assustadora e estreita quando o senhor percebe que se tinha enganado e resolve fazer inversão de marcha, numa manobra em que eu acreditei mesmo que íamos cair ribanceira abaixo. Tinha-se enganado, dizia ele. Na realidade ele bem podia dizer ou fazer o que quisesse, nós não tínhamos a menor ideia de onde estávamos e só se viam árvores à volta! Pouco depois chegámos a uma estrada mais larga que me pareceu familiar, o senhor faz uma curva para a esquerda, e temos esta conversa:

Eu (a medo): Desculpe, mas eu tinha ideia que nós tínhamos vindo do outro lado, não devíamos ter virado à direita?
Senhor: Vou mostrar-vos um segredo.
Eu (a fingir um ar muito normal): A sério? Que giro, o quê?
Senhor: Uma coisa na floresta muito importante para o povo Maori mas que ninguém conhece.

Oi? Se ninguém conhece e não estava nos planos, deixe lá que nós passamos bem sem isso. Mas o senhor lá insistiu. Passam-se mais 15 minutos, e de repente vejo-o a meter a mão atrás do banco, a confirmar se lá tinha qualquer coisa. Quando olho para baixo, vejo aos meus pés três garrafões de gasolina e duas caixas com bobinas de fita adesiva. Aí é que o cenário me pareceu familiar. Na véspera de embarcar para a Austrália, tinha visto um filme de terror chamado Severance/Mutilados, em que uma mulher acabava presa a uma árvore com fita adesiva, regada com gasolina, e queimada viva. Pronto, deixei logo de achar piada à brincadeira. Eventualmente o senhor lá pára a carrinha no meio de uma estrada deserta e diz:

Senhor: Deixem tudo no carro e venham comigo.
Nós: Desculpe? Porquê? Onde?
Senhor: Já disse que é segredo, não tragam nada e saiam do carro.

A minha mãe só dizia “Não vamos Belota, não saímos daqui”. Mas lá a convenci, depois de discutir com o senhor que saía mas levava as coisas comigo. Mais não fosse dava jeito ter identificação quando encontrassem os nossos corpos 15 anos depois (piada parva, espero que a minha mãe não esteja a ler isto). Vamos até à entrada de um trilho com arbustos cerrados e o senhor a insistir “é por aqui, são só 10 minutos a pé”. Aí é que desistimos mesmo. Não se via nada para dentro das floresta, o senhor que não dizia o que nos queria mostrar, não passava ninguém naquela estrada horrível, e eu só pensava “bem, nós somos duas, será que conseguimos lutar com este homem enorme?”. Batemos com o pé e voltámos para a carrinha. O caminho de três horas até à cidade foi feito com o silêncio mais constrangedor de sempre. O senhor percebeu com toda a certeza que não confiávamos nele e que tínhamos tido medo. Só abriu a boca no final, enquanto saíamos, para dizer “era a árvore mais antiga da floresta, perderam uma coisa muito especial”. Eu confesso que quando ele disse isso respirei fundo. Era só uma árvore. Ok. Não era perigoso (vá, vamos acreditar que não era) mas também não tínhamos perdido nada do outro mundo. Pelo sim pelo não, decidi naquele momento que ia deixar de ver tantos filmes de terror.


As paisagens, a floresta, as praias, tudo aquilo compensou as dúvidas que tivemos. Posso seguramente afirmar, que essa pequena viagem foi das melhores coisas que já fiz na minha vida. Se alguém quiser repetir, falem comigo que eu tenho o contacto de um senhor grande e simpático que vos leva num surf shuttle... ;)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Esta gente (homens) que diz no telejornal que andar de mota é melhor do que sexo,

anda com toda a certeza a fazê-lo mal. O sexo, não o andar de mota, que é bom, pois é e eu também gosto, mas não é propriamente o mesmo.

(A única coisa que bate este disparate, é o disparate maior ainda da mulher, sentada atrás, que fica caladinha a ouvir aquilo. Ou a pensar no amigo especial que a visita todas as vezes que o marido sai de mota. Se calhar é mais isso.)

Peço desculpa, para a próxima eu torno a situação mais grave antes de ligar

Vinha na auto-estrada ontem, perto da uma da manhã, quando apanho o susto da minha vida e quase atropelo um homem, todo vestido de branco e sujo de sangue, que andava calmamente a passear entre as faixas de rodagem. Assim tipo início de filme de terror. Regra número um, nunca parar para ver o que se passa (já vi filmes suficientes para ter aprendido isso). Ligo para o 112, onde já devem estar mais do que habituados a estas situações, e atende um senhor com a voz mais calma de sempre:

Eu: Boa noite, eu estou na auto-estrada tal, mesmo junto à saída tal...
112: Sim, é por causa de um homem vestido de branco, não é? Já temos essa informação. Vamos mandar alguém.
Eu: Óptimo, é que ele não está na berma da estrada, está mesmo no meio dos carros!
112 (com um ar banal): Está bem, mas ainda não foi atropelado!

Ah pronto, para a próxima, se isso acelera o processo, eu dou um toquezinho com o carro no senhor e depois ligo para o número de emergência. Parece que ajuda a resolver a coisa.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Adenda ao post anterior

Fogo, se eu venho para cá revelar estes truques, eles vão deixar de funcionar!! Belota totó. :)

Lógicas parvas. Mas eficazes.

Eles: Primeiro disseram que não queriam que fossemos ter convosco. Nós insistimos e vocês continuaram a não querer. Insistimos mais um bocadinho ainda, e foi impossível demover-vos. Agora afinal já querem??
Nós: Sim. Mudámos de ideias.
Eles: E a que propósito é que acham que podem ser sempre vocês a mandar?
Nós: Nós temos pipis.

Não sei se é uma espécie de em terra onde todos têm sede, quem tem água dita as regras. Espero bem que não, que é um pouco redutor para nós. Mas pode ser. Ou se calhar é o uso do termo "pipi" que os deixa sem reacção. Seja o que for, resulta sempre.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Belota foi a uma aula de sensualidade

Ah pois foi! Uma coreografia toda sensual com um lenço e outra na cadeira, que lenços e cadeiras todos temos em casa, em oposição a um varão. Deu jeito, pois que deu. Mas antes disso muita conversa e algumas dicas básicas. E só vos digo isto: ser uma mulher sensual é cansativo! Se eu saísse à rua a pensar em todos os pormenores que foram ensinados, quando chegasse a altura de abrir a boca não conseguiria dizer nada. Ou se calhar nem precisaria, que a ideia é capaz de passar mesmo por aí... Nada daquilo é muito natural, mas o truque é que o pareça. E quando bem feito, parece mesmo! Mamas ao tecto (a minha expressão favorita de toda a aula), costas puxadas para trás e ligeiramente curvadas, queixo suavemente para baixo e olhar na linha do horizonte, mãos a tocarem levemente o cabelo ou a alça do vestido, pés ligeiramente de lado alinhados às 5 para a 1 (como um relógio preciso, nem mais nem menos), joelho para dentro encostado à perna de suporte (parece que nos dá uma figura curvilínea de ampulheta, que aparentemente é o que se quer), no caso de se estar sentada, pézinhos em pontas, sempre, perna traçada mas ligeiramente subida, sem que a parte de trás do joelho apoie sobre a outra perna, o pé que fica pendente completamente alinhado com o que está no chão. Nada disto propriamente confortável. Por isso, meus meninos, só vos tenho a dizer uma coisa. Prestem atenção. Prestem muita atenção e reconheçam estas posturas. É sinal que queremos que nos saltem para cima. E rapidinho, que ninguém aguenta fingir que estas posições são confortáveis e nos saem naturalmente durante mais do que cinco minutos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Isto não está fácil

Tenho uma despedida de solteira para contar (oh, como nós gostamos de despedidas de solteira!) e uma constipação de todo o tamanho que não me deixa fazer nada. E os amigos todos a ligarem e a dizer "que sorte, estás doente, quantos filmes é que já viste?". Nenhum!! Cada vez que tomo um Actifed adormeço com o comando da televisão na mão! Ter conseguido ligar o computador agora foi uma sorte!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pequenos dilemas do dia-a-dia

Por que regra de etiqueta nos devemos reger, quando estamos numa caixa de supermercado prioritária para grávidas e crianças de colo, e não conseguimos descortinar se a senhora atrás de nós na fila espera um bebé ou é apenas obesa?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E por falar em turn offs

Tinha a Lady Gaga um aninho apenas, e já Jana Sterbak fazia uma exposição com um vestido de carne. Quase dez anos depois, uma poltrona feita com carne. Mas lá está, não era a Lady Gaga. Não há muita paciência para estes stunts publicitários. Mas menos ainda para as defesas profundas que garantem que esta é uma afirmação em defesa das mulheres. Em como não podemos continuar a ser vistas apenas como um pedaço de carne. Tem piada, porque o vestido é tão curto, mas tão curto, que eu ia jurar que aquilo que ela queria que fosse visto era a sua própria carne por baixo da carne. O outfit completo parece gritar "come-me". Mas não, é um protesto em defesa das mulheres. Esta conversa do feminismo parece que serve de desculpa para tudo. A mim serve para me cansar. No patience. At all.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

As meias de liga são para tirar?

Tenho notado por experiência própria e conversas com amigas, que os homens vêem as meias de liga como algo extremamente sexy, mas a remover no espaço de cinco minutos após lhes terem colocado a vista em cima. Aos meninos, eu garanto que dificilmente nós andamos de ligas durante o dia, e que as colocamos especificamente para o momento. E que nem são tão baratas assim para nos serem imediatamente arrancadas do corpinho. Acção que até nem é propriamente necessária para o desenrolar da coisa. Por nós, as meias podem, e se calhar devem, ficar vestidas o tempo todo. Visualmente não é mais apelativo? É que a ideia é essa! Agora se vocês me vierem cá dizer que vos dá um gozo tremendo deslizarem as meias pelas nossas pernas, que qualquer peça de roupa extra que nos dispam é mais um turn on, então aí o caso muda de figura. Por isso, e deixando o ponto de vista feminino bem claro, expliquem-nos a razão de nos tirarem as meias com a mesma urgência com que nos tiram um soutien. É que até agora eu ainda não percebi!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ando mesmo ali no limite...

Trabalho numa rua de gente chateada. Não que os colegas ou os vizinhos em si sejam pessoas aborrecidas com o mundo, mas por aquela rua passam muitas pessoas capazes de matar quem se atravessar à frente. Quem me diz "que bom, que sítio tão central, tão perto de tudo", esquece-se que à nossa volta estão o edifício das águas, da EDP, da Segurança Social, das Finanças, etc. e tal. Pior que isso só mesmo se a residência do Primeiro-Ministro fosse ao lado também. Resumindo e concluindo, depois do vidro do carro partido há cerca de um mês ou dois mesmo à porta de casa, hoje roubaram-me as escovas dos limpa-pára-brisas perto do trabalho. Que foi bom. Afinal ainda na semana passada tive que comprar dois pneus novos. Isto já para nem falar das pessoas na rua a barafustar por tudo e por nada. Gritem o que quiserem, eu até compreendo, mas se a vingança continua no carro, vou ter que sair à rua e começar a partir as perninhas a alguém.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quantos homens são precisos para mudar a roda de um carro?

No meu caso posso afirmar que às onze da noite numa rua sem luz nem alcatrão, foi preciso uma banda inteira de reggae com oito elementos, um fotógrafo, um pai, um mecânico, e uma visita à oficina no dia seguinte. Porque é que nunca me acontece nada simples??

A minha melhor contribuição para o assunto? Quando o fotógrafo tirou uma coisa escura, redonda e grande da mala do meu carro, eu olhei para aquilo aflita e exclamei "oh, a minha roda sobresselente não tem pneu!!!" e ele respondeu com um ar incrédulo "isto é a caixa onde estão as ferramentas, o pneu está por baixo".

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Também tenho direito, ou não?

Se o Capitão Microondas pode fazer um passatempo cuja participação se baseia no envio de fotografias de meninas giras para a caixa de e-mail dele, sinto-me no direito de pedir o mesmo. Mas de meninos. Preferencialmente giros. El Capitán, podes ser já o primeiro!

Ao que os blogs já chegaram...
:P

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pois, claro, mas agora em linguagem de miúda, pode ser?

Ele: A minha guitarra nova é um Porsche! Estão tão contente! A outra era um Passat, antes disso, a minha primeira guitarra era um Fiat Panda! Tu não percebes como estou entusiasmado...
Eu: Claro que percebo! Eu tenho um piano, e esperei muitos anos para o ter!
Ele: Ah. E o teu piano é um Porsche?
Eu: Não.
Ele: Um Passat?
Eu: Não sei.
Ele: Sabes o que é um Passat?
Eu: Uma carrinha?
Ele: Há algum carro que eu possa referir e que tu percebas?
Eu: Hum... Provavelmente não...

(momento de silêncio)

Ele: Se o teu piano fosse uma carteira, seria o quê?
Eu: AH!! Não era uma Birkin, mas seria um qualquer modelo da Furla. Porque é que não disseste logo isso??

O que não me destrói, dá-me força

Finalmente lá se passou o mês de trabalho do Inferno. Horário das 11h às 3h da manhã, sete dias por semana, sem folgas, sem nada. Sem dormir, sem ver família e amigos, mas com muita sangria com os colegas no intervalo para jantar. Balanço final, positivo. A quem dizia no último dia "oh amanhã estava pronto para outra", o caracinhas, só estavam prontos para outra porque sabiam que não havia outra tão cedo. Depois de ter sobrevivido a isto sinto-me um Hércules da minha área de trabalho. Vá, do meu escritório, pronto. Mas com menos músculos. E mais roupinha. Finally back!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ui, que isto está bonito!

Hoje quando acabei de almoçar deitei o copo de vidro no caixote do lixo e ia meter o guardanapo de papel na máquina da loiça. Esta semana promete...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Esta calçada à portuguesa mata-me

Gosto que as tradições se mantenham, e gosto dos pormenores que compõem a nossa identidade. Não sou contra a evolução das coisas, compreendo que tenhamos passado de charretes puxadas a cavalo para motores e escapes cheios de emissões de dióxido de carbono, que são muito mais práticos, confortáveis e rápidos, do que os cavalitos. Embora estes últimos muito mais giros. Nesse sentido, acho bem que se mantenha a tradição da calçada à portuguesa em vez de pavimentarmos as ruas todas com cimento. E eu sei que deve sair caro meter aquilo tudo ali à mão, pedrinha por pedrinha, mas por favor, senhores não sei de onde do Estado encarregues destas coisas, quando elaboram os orçamentos para a recuperação das ruas, acrescentem uma alínea que preveja uma série de homens giros e musculados que me transportem ao colo. É que não consigo mesmo fazer o percurso de casa até ao trabalho de saltos altos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Gostava de dizer que o blog anda fraquito por motivo de férias

Mas não. É mesmo trabalho. O que é aborrecido, porque o mundo continua, a Sábado já publicou um artigo hilariante com factos sobre bichos, as vantagens de se estar solteiro ou casado, outro com provérbios mundiais sobre mulheres, e eu não vim cá comentar nada. O pai já me informou que quando as alforrecas têm comichão o melhor é usar sumo de tomate, o que foi muito útil igualmente (para as alforrecas, aparentemente), e eu não vim cá comentar nada. Hoje consegui tirar cinco minutos e passei no Santini para comer um cone de bolacha (não gosto dos gelados), e já foi uma sorte! Nunca pensei dizer isto, mas este Verão nunca mais acaba! Uf!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Conversa com o pai #9586

À porta do restaurante, mesmo em frente a um lugar reservado para deficientes mas cuja indicação eu não tinha visto:

Eu: Há um lugar mesmo aqui à porta!
Pai: Esse não. Esse é para ingratos.

Meia-hora depois de termos começado a jantar, vindo do nada:
Pai: Ah, não era ingratos! Era inválidos...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lá dizia o outro que ontem era suposto haver um terramoto

E aqui a Belota esperou todos os segundinhos do dia, a rezar para que ninguém se magoasse mas que o escritório desaparecesse, que é tão enconstadinho à praia (soa bem, mas não, é mesmo só enervante), e que viesse uma onda que levasse aquilo tudo. Cá esperança é coisa que não me falta! Parece que não. E afinal hoje tivemos mesmo que ir todos trabalhar. No meu caso com direito a trabalho à noite e tudo. Isto é uma alegria. É que já nem com os terramotos podemos contar.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A tradição ainda é o que era?

Estava a ver o "Say Yes to The Dress" e confusa com aquelas noivas todas. Não é um programa que me cative particularmente, mas como mulher que sou, gosto da ideia da compra de um vestido de 5.000 dólares e aquilo acaba por me entreter quando já estou meio adormecida. Nunca tive o sonho do casamento na igreja com 300 pessoas e o vestido de cauda gigante. Sempre imaginei mais um momento a dois, no ímpeto e irracionalidade do momento, e o resto logo se vê. Um casamento ao estilo, bebi-três-vodkas-ao-pequeno-almoço-e-aconteceu, que me dá uma boa história para a vida inteira. No final do programa, ouviu-se em off um locutor que dizia "princess for a day and a wife for the rest of her life". E eu questionei-me se no meio do feminismo exacerbado e a luta pela igualdade exagerada dos dias de hoje, ainda é isto que afinal elas querem. É? As mulheres ainda sonham com casamentos de princesas nos dias que correm? Meninas, ora digam lá de vossa justiça...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ser jovem e independente neste país é uma alegria

A minha botija de gás está quase no fim. Quando terminar tomarei duches de água fria pois não tenho dinheiro para comprar uma botija nova. Vendo bem não tomarei duches, ponto final, porque também não tenho dinheiro para pagar a conta da água, cujo limite de pagamento já passou. Estranhamente, enquanto toda a gente está de férias, eu tenho cada vez mais e mais trabalho. E menos e menos dinheiro. Num tema semelhante, deixei um disco externo na faculdade para me passarem todo o material que tinha realizado durante a pós-graduação, e aquela gente perdeu o disco. Quando o encontraram, devolveram-mo apenas para descobrir que afinal tinham perdido também o material. Três mil euros de propinas, e de trabalhos realizados, nada.

Não fosse eu até ter sentido de humor e a coisa estava feia. Muito feia. Alguns edifícios estariam a arder. Com toda a certezinha. (ou talvez não, não sei se tenho dinheiro para comprar fósforos)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Boys will be boys (men are a different matter)

Dizia alguém num comentário no post anterior. É verdade. Boys will be boys. Men are a different matter.

They still stay boys.
;)

domingo, 1 de agosto de 2010

Tenho esperança na próxima geração

Tenho quase a certeza que já usei esta imagem algures aqui pelo blog, mas hoje, a sério e sem ser por desenhos, vi uma menina de quatro anos a arrastar um puto da mesma idade pelo colarinho da camisola, enquanto ele gatinhava ao lado dela como um cachorrinho. Os dois com quatro aninhos!! Foi lindo!

:D

quinta-feira, 29 de julho de 2010

No dia em que ele me cantar isto, eu caso-me

Pode ser a música mais gay, bimba, pirosa, o que quiserem. Mas no dia em que ele me cantar isto, eu caso-me. Também me pode levar a Londres ao musical e sussurrar baixinho durante a canção. Eu não sou esquisita e até gosto de andar por aí a passear. Juro que me caso. Agora resta saber quem "ele" é. Mas isso é só um pormenor.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pensamento pateta, embora pertinente, da semana

De cada vez que estamos à conversa sobre homens e mulheres e alguma menina se exalta e começa a enumerar a quantidade de coisas em que as mulheres são melhores do que os homens, tenho um amigo que põe sempre fim à conversa com um único comentário:

"Melhores do que os homens? Vocês nem sabem por onde fazem xixi!"

Ah pois é! Quer dizer, sabemos. É por ali. Algures por ali. Mais para cima, mais para baixo, por ali... Sabemos, é claro que sabemos. Hum, mais ou menos... Vendo bem... Acredito que a maior parte das mulheres nunca tenha pensado seriamente nisso. Caraças, aquele argumento arruína qualquer conversa! :)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Será que afinal há esperança para os escuteiros?

De certeza que já fiz por aqui uma piada ou outra com escuteiros. Podia ter escolhido anões, carecas, wahetever, mas não, as minhas vítimas preferenciais sempre foram os escuteiros. Sobretudo os meninos crescidos escuteiros. Os lencinhos, os calções, as fitinhas nas meias até ao joelho (jarrateiras, segundo me informou uma criança de 6 anos), parece-me tudo muito pouco másculo ou adulto. Dá-me vontade de rir. Dá-me mesmo muita vontade de rir. Preferencialmente à frente deles. No entanto, em conversa com uma amiga, descobri que os meninos escuteiros têm uma habilidade genial, que consiste em saberem lidar muito bem com nós, tarefa particularmente útil para nos desapertarem as fitinhas da parte de cima dos bikinis. Achei genial! Finalmente algo verdadeiramente útil a ser aprendido nas longas caminhadas e subida de montanhas, ou ajuda a velhinhas em passadeiras, ou o que quer que seja que aquela gente faz. Deste modo, e porque não me fica bem negar à partida uma ciência que desconheço, este Verão declaro abertas as candidaturas para escuteiros. Mas quero aqueles que tenham participado no acampamento em que além dos nós aprendem igualmente a desapertar os colchetes dos soutiens. É que é outra coisa para a qual nenhum homem parece ter jeitinho nenhum.

domingo, 18 de julho de 2010

Conversa com o pai #3425: o casamento

Pai: O casamento devia ser limitado a 3 ou 4 anos. Ao fim desse tempo acabava.
Eu: Oh pai, que disparate, isso é mesmo conversa de quem já se divorciou duas vezes...
Pai: A sério, 3 ou 4 anos e estava feito. Era tudo muito bonito e depois ia cada um para seu lado, as pessoas não se prendiam, não havia tanta confusão.
Eu: Então mas para isso tem-se uma relação normal e logo se vê, não é preciso casar, é só deixar andar.
Pai: Não. Eu acho que isto devia ser uma coisa oficial.
Eu: E se depois quiséssemos ficar mais tempo com a mesma pessoa?
Pai: Pagava-se uma multa. Então a lei é para cumprir!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O que é preciso é incentivo ao trabalho (ou melhor, uns bons abdominais para me animarem)

O chefe novo diz que vai fazer uma "ficha de escravatura" onde devemos preencher tudo o que fizemos durante o dia. Em especial para mim acrescentou que vai lá colocar a imagem de um menino com uns abdominais definidos, para que me sinta motivada a preenchê-la. Chegou há uma semana e meia e já me conhece. Quero este. A minha paixão dos desfiles do Estoril FashionArt Festival. Em carne e osso, tronco nu, e sentadinho ao meu lado. Pode ser?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Putos

O meu sobrinho faz oito anos. Ainda no ano passado queria Gormitis como presente (sabia lá eu o que raio isso era) e este ano acha-se já muito crescido e pediu uma t-shirt do Rock in Rio. Acontece que já não há t-shirts do Rock in Rio à venda! E que aqui a tia nem sequer gosta particularmente do evento. A coisa está complicada. Cá para mim isto vai acabar com uma t-shirt branca para oito anos com a frase "A tia Belota é a maior". As coisas sérias e importantes são para se aprender logo desde pequenino! ;)

Vocês são o máximo

Gosto de pensar, e tenho a certeza, que ele será muito mais feliz e realizado no trabalho novo que arranjará. Que fará exactamente aquilo que gosta e que a nossa amizade se manterá sem a necessidade de trabalharmos juntos. Mas era ele que muitas vezes me ajudava a manter a sanidade mental nos dias mais complicados, e durante 7, 12, 15 ou 17 horas de trabalho por dia, eu ainda estou um bocadinho menos feliz porque ele já lá não está. E nós fazíamos uma boa equipa. E eu reconsiderei se era ali que queria continuar.

Esta semana começámos de novo. Com força, com entusiasmo, dispostos a pegar nos projectos e a levar as coisas para a frente. Mas a semana passada foi complicada. E vocês foram o máximo. Obrigado pelas palavras de força, pela sugestão de músicas, pelas palavras do Espaço Sudoeste que eu nem sabia continuar ainda aí desse lado, pela história do Stressado a pedir um Gin Tónico na mais pura das inocências (lindo, lindo!), pelos vídeos (embora, Capitão Microondas, me tenha sentido muito mais sentimental, e Fada, tenha ficado sem palavras! lol) e pelas manifestações daqueles que nunca se tinham pronunciado por aqui e dos habitués que já fazem parte da minha vida. Fizeram-me lembrar por que razão tenho este blog. É que não é só um espaço meu. É nosso. E isso faz-me sentir bem. We're back!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estou tristinha. E cansada. E em baixo. Digam-me coisas boas. Prometo que isto passa e que voltarei aos posts habituais.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Conversa com o pai #6534

Eu: Pai, vou fazer uma sessão fotográfica para a revista Máxima! Vai ser tão giro!
Pai (em choque): Não te vais despir!!
Eu: Hum...?
Pai (10 segundos depois): Espera, se calhar o pai está a confundir com a Maxmen...

Ser pai deve ser uma preocupação constante. :D

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Este aniversário mais parece um casamento cigano. Dura... Dura...

Não é genial, o presente que os colegas deram?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Alguém pode dizer ao chefe novo que eu preciso da hora de almoço ou da noite para escrever qualquer coisita no blog? Ou para comer e dormir, já que se está a pedir. Sff?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os raciocínios de que eles se lembram...

Estávamos à conversa sobre o facto de os homens não terem predisposição genética para acumular gorduras localizadas e celulite, quando o meu irmão se sai com este brilhante raciocínio:

"Então mas vejam lá uma coisa, nós quando somos pequenos saltamos e corremos, andamos de bicicleta, de skate, trepamos árvores, somos extremamente activos, não paramos! É de esperar que não tenhamos tanta tendência para engordar. Vocês brincam sentadinhas com as bonecas! Quer dizer, vendo bem, se calhar é por isso que depois em adultos as mulheres nos ultrapassam em tudo. É que nós crescemos cansados da infância que tivemos."

terça-feira, 29 de junho de 2010

Linguagem de bola

Tenho dificuldade em perceber como é que os homens têm por vezes tanta dificuldade em articular conceitos básicos e montarem mais que uma frase de jeito, mas depois inventam toda uma linguagem em redor do futebol. Exemplos práticos do jogo lamentável de hoje:

Portugal está em posição de desvantagem.
Vamos lá chamar as coisas pelos nomes. Portugal está a perder. Essa é que é essa.

Os jogadores não têm a aquela frescura para um pressing tão intenso.
Estão cansados. Basicamente é isso. Os jogadores estão cansados.

Agora sim, é despejada a bola.
Alguém chutou a bola. Já não ter sido usado o termo "esférico", foi uma sorte!

Resumindo e concluindo, lixámo-nos. Adeus Mundial. Ou melhor, "entrámos em posição de desvantagem irreversível". M*****.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

As mulheres e a idade (deles)

Perguntaram-me como é que as mulheres lidam com a idade. Lidamos bem. Eu, por exemplo, fiz 30 anos e vou dizer a toda a gente que tenho 24. E vou fazê-lo com um sorriso e sem barafustar, logo, parece-me que estou a lidar bem. A questão, no entanto, percebi depois estar direccionada para outro sentido. Como é que as mulheres lidam em relação à idade... deles. Sobretudo quando eles são mais novos. E ora isso já é outra história. Tal como os homens gostam de estar com mulheres mais novas, cada vez mais o oposto se vai tornando relativamente usual. Enquanto um homem gosta de mostrar a mulher nova e troféu, uma mulher com um menino mais novo não o faz por ostentação. Fá-lo por uma sensação de poder. Fá-lo por ter ali um homem à disposição, que ainda não tem barriga, conserva os cabelos todos, tem muito mais energia, e faz exactamente o que ela quer e como quer. Eu com 30 anos não tenho vontade nenhuma de estar com um menino de 18. Um puto de 18 não sabe aquilo que as mulheres gostam e não vou ser eu a ensiná-lo com certeza. Preferia um que já viesse treinadinho. Mas compreendo sem grande dificuldade as mulheres de 40 que saem com meninos de 28. Espertas. ;)

domingo, 27 de junho de 2010

30th Birthday Party

Quem é a mulher no seu perfeito juízo que decide celebrar os seus 30 anos de bikini na piscina? Bem, visto que a desgraça já estava feita, ou melhor, vista, o melhor foi mesmo atirar ali uns cupcakes directos para as ancas!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Portugal vs. Brasil

Repórter TVI: O que é que espera deste jogo?
Senhora de Matosinhos: Espero que os vamos comer. E de cebolada!

Gosto da eloquência. Sempre está melhor do que os que dizem que vamos empatar ou que ganhe o melhor. Não. Não ganha o melhor, o que jogar com mais fair play ou os que por outra razão qualquer mais o mereçam. Ganhamos nós e pronto. Mas isto é muito complicado?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Em depressão pré-aniversário

Amanhã faço 30 anos e o Quique vai casar com a Orsi.

Mundo injusto...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O que vale é que nestas coisas eu até tenho experiência...

Uma pessoa vai trabalhar a um Domingo de manhã, passa no escritório para ir buscar o material, e descobre que a senhora da limpeza trancou as portas pelo interior antes de fechar tudo e sair. E depois como é? Liga ao chefe, que liga ao outro chefe, que liga ao responsável, que por sua vez liga ao seu chefe. E depois de meia-hora nisto e já sem paciência, diz a Belota para o colega:
- Tens aí um BI? Então embora lá que eu abro isto.

E não é que abri mesmo? Estou seriamente a considerar mudar de profissão. Assaltar casas deve dar menos trabalho e render muito mais. E é coisinha para a qual até parece que tenho jeito.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Hoje é um dia triste

Tenho doze livros autografados pela sua mão, memórias de uma conversa onde partilhámos confidências sobre o Cão das Lágrimas, uma admiração enorme, e apesar de me restarem ainda alguns livros por ler, aflige-me a ideia de que quando terminar esses, não existirão mais.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Depois queixam-se que os homens refilam quando vêem uma mulher ao volante

Já é enervante estarmos atrás de uma pessoa na bomba de gasolina, que depois de abastecer e pagar, fica sentada no carro a guardar as facturas, a ajustar os espelhos, a tentar acertar com a posição do banco, trocar os cd's do rádio, e sei lá mais o quê, enquanto nós ali estamos à espera que movam o popó só um bocadinho para a frente para nos podermos despachar. Mas hoje apanhei uma mulher que bateu todos os recordes. Fez-me esperar o tempo habitual desnecessário já de si irritante, e mais um bocadinho... enquanto acendia um cigarro mesmo em frente às mangueiras do combustível.

Afinal quem me leva a casa é o mano

Ontem leu o blog. E ligou para me dizer que o estava a fazer. Depois insistiu em vir-me buscar para irmos para o jantar de família. Durante o jantar chamou-me baixinho "loira burra e lésbica". É um querido. Mas no final da noite foi ele quem me levou a casa. :)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quem está lá para mim, sou eu mesma. Mas no final do dia, quem é que me leva a casa?



Tenho uns pais fantásticos e sem dúvida os melhores amigos do mundo, que saem da cama às 5h da manhã, numa noite de chuva, se eu precisar deles. Não sou uma pessoa solitária. Mas também não tenho uma relação verdadeiramente séria e duradoura há um tempinho, e entrei no esquema e sinto-me bastante confortável nessa situação. Eu dependo apenas de mim.
Quem é que me vai dizer que é demasiado tarde? Eu mesma. Quem é que me vai dizer que as coisas não são assim tão boas? Quem é que me vai levantar quando eu cair? Quem é que vai tapar os ouvidos quando eu gritar? Quem vai prestar atenção aos meus sonhos? Sempre eu mesma.
No entanto, todas as noites quando entro no carro à 1h da manhã para voltar para casa, invariavelmente penso: who’s gonna drive me home tonight?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O intrigante comportamento das mulheres ao interesse de um homem

Foi precisamente com a frase do título, ipsis verbis, que me foi pedido, já há algum tempo, este post. E durante esse tempo andei eu mesma às voltas com o assunto, que para ser sincera, nem nós percebemos muito bem ou conseguimos definir os estranhos comportamentos que temos por vezes. Há assim algo parvinho que se apodera de nós e depois a coisa só dá para o disparate. Gostamos deles mas ignoramo-los, não gostamos mas entramos no jogo por motivo de simples egocentrismo. É complicado. Excluindo a aceitação imediata, que é óbvia e não carece de explicação, parece-me possível repartir o assunto em três comportamentos gerais:

Gostar e não fazer nada
Às vezes ficamos só à espera que sejam eles a dar o primeiro passo. Outras vezes sentimo-nos intimidadas e temos medo de fazer a coisa errada. Outras ainda, estamos escaldadas e temos apenas receio de nos atirarmos de cabeça.

Gostar e mostrar desdém
É aquela coisa do achas-que-podes-ter-qualquer-uma, pois agora vou dizer-te que não só para te provocar. É que há alguns com quem isto funciona, e às vezes, por engano, aplicamos a táctica nos meninos errados.

Não gostar mas entrar no jogo
Hum... nem me estava a sentir muito confiante hoje mas aquele gajo ali a olhar para mim está a fazer-me mudar de ideias. Vou retribuir o interesse durante um bocadinho e depois volto as costas e vou para casa de ego cheio. Ou apanho uma bebedeira e acabo por ceder. Não é provável, mas também não será impossível!


O menino que pediu o post sugeria ainda que eu explicasse tudo isto não só como se eles fossem totós, mas mesmo como se fossem crianças de 10 anos. Por isso, para uma criança de 10 anos, a melhor explicação que consigo arranjar é a que se segue:
Imagina que tens três skittles na mão. Um verde, um amarelo e um cor-de-laranja. Até podias comer os três ao mesmo tempo, mas sabes que não vai parecer bem. Tens a certeza que gostas do verde e por isso esperas que ele salte sozinho para a tua boca de forma a não correres o risco de o perderes em algum movimento. Ficas portanto quietinho. O amarelo também não parece mal, toda a gente sabe que o amarelo é uma cor popular, por isso o melhor é contrariá-lo para o provocar. Mostras algum desdém e rezas para o conseguires comer inteirinho em vez de se derreter na tua mão. Sobra o skittle cor-de-laranja, banal, que não traz nada de novo, mas visto que não está lá mais nenhum, se calhar o melhor é olhá-lo com relativo interesse e saborear o facto de que ele ali está, quer o queiras quer não. E só isso já é bom.
Bem vistas as coisas, provavelmente, no meio de todos os raciocínios desnecessários, ainda deixas cair os skittles ao chão e no final não comes nenhum. E o pior é que nem eles terão ideia de que até tencionavas fazê-lo.

Por tudo isto e para terminar este post confuso, moral da história:
Não percam tempo a avaliar os nossos comportamentos ou a tentar adivinhar aquilo em que estamos a pensar. Provavelmente nem nós o sabemos. Tentem a vossa sorte. É bem possível que acabem agradavelmente surpreendidos.

domingo, 13 de junho de 2010

"Os golos são como o ketchup"

Hum? Oh senhor Cristiano, diga lá outra vez??

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aventuras da Belota no facebook

Não tenho muita paciência para aquilo, não, mas tenho que dar a mão à palmatória que dá jeito para uma série de coisas. Hoje andava por lá a ver as minhas próprias fotografias, quando encontro uma giríssima com um amigo que é também ex-namorado. Estranhamente não estava identificada. Lá carreguei na cara do menino para meter um tag e abre-se logo uma caixa com a mensagem "não-sei-quem não pode ser identificado nesta foto porque não-sei-quem retirou previamente a sua identificação nesta imagem". Isto é o que eu faço aos ex-namorados. Traumatizo-os ao ponto de eles se auto-retirarem das minhas fotografias. Ou então é coisa de namorada nova. O que é mais estúpido ainda.

(Sim totozinho querido, se estás a ler isto, foste tu, foste! O que vale é que a Belota é querida e respeita. Mas só depois de se queixar no blog.)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Último dia de aulas

Hoje acaba a pós-graduação! Depois de 6 meses de correrias, trabalho, aulas, projectos de grupo aos fins-de-semana, boas-noites ao senhor da portagem todas os dias à 1h da manhã, dores de cabeça com a coordenação do curso e muitos sorrisos com os professores e colegas, hoje acaba a pós-graduação. A todos os que já me perguntaram se tenho projectos novos findas as aulas, tenho. Imensos e todos muito importantes. Assim a curto prazo planeio conseguir chegar a casa depois do trabalho e ligar a televisão. Ir beber café com os amigos. Ler um livro. Jantar. Oh, jantar! Sentadinha à mesa e tudo, em vez da sopa engolida a correr na cantina da faculdade. Ir ao cinema. Dormir mais do que 5 horas por noite. Vou ter saudades dos colegas? Vou, mas pego no telefone e ligo-lhes. Vamos ter saudades dos exercícios de apresentação que fazíamos todas as noites? Ponho toda a gente em frente à minha máquina de filmar pequenina e a seguir esqueço-me de ligar o microfone ou perco as cassetes com o material. Sentem-se logo em casa! Vou ter tempo para escrever no blog. Melhor, vou ter tempo para ler os vossos blog. Ah (ler em tom maquiavélico), preparem-se!

“Como é que está aí o tempo?

Se há algo importante quando estamos de férias, é saber o estado das coisas que deixámos. E quanto pior estiverem melhor nos sentimos. Afastarmo-nos da rotina, por si só, parece não chegar, precisamos daquele reconforto emocional do “ainda bem que me vim embora”. Nestes últimos dias sem nada para fazer na praia, ouvi muitas conversas de pessoas que acham que apanhar Sol equivale a duas horas ao telefone. Elas ligam às amigas todas, aos pais, contam que os filhos já almoçaram e estão a fazer a digestão antes de irem para a piscina, etc. e tal, who cares. Eles, falam brevemente e têm apenas uma questão: como é que está aí o tempo? Isso é que é verdadeiramente relevante, saber como está o tempo num sítio onde não estamos! É que o Sol fica logo mais forte quando sabemos que os outros não podem usufruir dele. E depois vão contar a toda a gente. “Lá em casa está a chover. Nós aqui na praia e eles com tempo nublado”. E isso é que tem valor. Por isso, para quem está a ler isto de férias no Sul, rejubilem e dêem mais um mergulho. No resto do país está a chover.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pois que estamos por aqui outra vez

Quatro diazinhos de descanso tão merecidos...
Tenho noção do meu cabelo loiro quando estou no corredor das águas do supermercado (não é propriamente uma compra complicada) e o gerente me vem oferecer ajuda explicando pausadamente a diferença entre as águas de Penacova, Fastio e Luso. Tenho ainda noção de que sou mesmo mulher quando após a explicação considero levar antes uma água 3 vezes mais cara pelo simples facto de a garrafa ser muito mais gira. Por fim, tenho mesmo noção de como por vezes caímos em determinados estereótipos, quando olho para o tapete rolante da caixa e as minhas compras se resumem a garrafas de Formas Luso, duas caixas de batidos de dieta, bolachas de milho daquelas que não sabem a nada mas não têm calorias nenhumas, um after-sun, um amaciador para o cabelo e um verniz. E eu própria olho estupefacta para os artigos e penso "mas esta não sou eu!!"

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vamos lá atentar na sondagem aqui do lado. A Belota gostava de perceber quem anda por aqui.

(atenção que eu escrevi na sondagem "sou um gajo bom" em vez de "sou um menino totó". Quem foi querida, quem foi?)

Hoje é Dia da Criança

Então um grande beijinho a todos os homens que eu conheço!

(dizem os compêndios que o humor se faz também por repetição. Vamos ver se resulta, é que já vamos no terceiro ano em que eu escrevo este post. Qualquer dia os meninos correm-me ao estalo!)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A propósito do Dia Mundial sem Tabaco

Sabiam que fumar durante o acto sexual está no topo da lista dos fetiches preferidos dos homens? Parece que tem algo que ver com a revolução social e sexual da mulher, da ideia subjacente de que elas afinal também podem mandar e fazer o que bem lhes der na cabecinha. Está certo. Eu, apesar de fumadora, desconfio que fumar na cama tenha os seus riscos. Nomeadamente para os lençóis e as cortinas, mas nada que com jeitinho não se consiga. Parece-me muito mais aceitável do que um fetiche por pés, por exemplo, que é o mais comum de todos. Acho que nunca compreenderei muito bem a questão dos pés. Há outras partes do corpo tão mais interessantes... Blagh.

domingo, 30 de maio de 2010

É por isto que eu não vou



Quando a coisa arrasta multidões inteiras em histerismo eu torço logo o nariz. Se calhar não devia, admito que deva perder muito por isso, mas há qualquer coisa nestes aglomerados de gente que me faz comichão. O Rock In Rio não é um festival de rock nem é no Rio. A promoção começa tantos meses antes que por altura do festival propriamente dito já nem se pode ouvir falar naquilo. É uma espécie de feira popular com atracções familiares para todas as idades, ao som de um sotaque brasileiro e de uma excelente campanha de marketing que convence muitos de que é o evento imperdível de uma vida. É cansativo. E é por isso que eu não vou. Devia deixar de ser do contra. Mas ainda não foi desta. Tragam-me rock, cerveja, poeira, festivaleiros com mais de 17 anos, e sou uma mulher feliz. Enquanto houver D'Zrt e Miley Cyrus, não me convencem.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Conversa surreal nas aulas

(Eu considero-me uma pessoa mentalmente sã. A sério. Mas acho que é pura sorte, dadas as circunstâncias. Vamos não esquecer que estes diálogos que eu aqui costumo reproduzir, têm sempre proveniência masculina.)

Ontem, durante uma aula em que alguém lia um texto sobre uma personagem de nome Branca, que tinha acabado de morrer. Colega do lado, em voz baixinha, para mim:

Ele: A mulher chamava-se Branca ou estava branca quando morreu?
Eu: Chamava-se Branca.
Ele: Ah, é que para estar branca quando morreu, já tinha que ter estado morta há mais tempo!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O mundo é um local hostil

É, sim senhora. Mas eu não tenho culpa e não ando por aí a penalizar os outros, manifestando a minha frustração como o senhor que na noite passada pegou numa pedra da calçada e foi rua abaixo partindo os caixotes do lixo e o vidro do meu carro. 200 euros de arranjo. Então um grande obrigadinho, sim?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Globos de Ouro vistos pela Belota (agora é que é mesmo)

Quem está à espera de vestidos pode pôr-se já a andar que isto não é a Caras nem a Pipoca (nada contra a Caras nem a Pipoca, atenção) embora andasse por lá uma menina com um vestido de papel que muito me intrigou em relação aos perigos de alguém fumar perto dela. Perdeu-se ali um momento curioso. Embora preferisse que ninguém se magoasse. E como no resto o interesse não abunda por aí além, decidi atribuir eu os meus próprios Globos. Sem nomeações nem nada do género que não tenho cá tempo para isso. Pois que é como segue:

Globo de Ouro para melhor co-apresentador:
Vai para mim! Vai para mim que apresentei a categoria de Melhor Modelo Masculino, no lugar da Diana Pereira, que não esteve presente no ensaio geral. Ok, era só um ensaio, mas mesmo assim eu subi ao palco do Coliseu para entregar um Globo de Ouro (que naquele momento era uma garrafa de água só para fazer número, que também não se pode pedir tudo). Eu fiz isso. Vocês não. E quem manda nesta gala hoje sou eu e por isso decido que mereço ganhar. Se bem que o meu colega que se apresentou a ele próprio como vencedor, também não esteve nada mal.

Globo de Ouro para melhor funcionário da gala:
A senhora da casa-de-banho que além de ser extremamente simpática e cordial, ainda guardou durante uma hora o anel que eu deixei esquecido em cima da bancada enquanto lavava as mãos. Tive tempo de ir jantar e voltar, que o anel estava guardadinho no bolso dela à minha espera. E com um sorriso!

Globo de Ouro para a personagem da noite:
O senhor do restaurante em frente ao Coliseu com o discurso: Já ando nisto há mais de vinte anos, ainda me lembro da não-sei-quantas quando era casada com o não-sei-quantos, antes de ir viver com o outro, que depois teve um programa na televisão porque dormia com a outra, e quando sair daqui, ainda vou lá dentro espreitar, que eles deixam-me entrar, ou então vou para casa, meto o fato-de-treino e vejo na televisão. Estes, eu topo-os a todos!

Globo de Ouro para a coisa mais irritante de sempre:
Os figurantes aos gritos na passadeira vermelha enquanto as pessoas passam. Não estamos em Hollywood e só uma pessoa que tenha deixado a auto-estima e o bom-senso em casa é que não sente um bocadinho de constrangimento ao ouvir aquela gritaria falsa e paga.

Globo de Ouro para pior leitura do teleponto:
Bárbara Guimarães em ex aequo com Diogo Morgado. Dispensa comentários adicionais.

Globo de Ouro para o pior discurso (vezes três!):
Oi, eu goisto muito dji Pórrtugau e do povo porrtuguéis. Já se acabava com as novelas brasileiras na SIC, não?

Globo de Ouro para a categoria mais parva:
Melhor revelação, atribuído a Daniela Ruah. Não é que ela não seja boa naquilo que faz, mas já cá anda há 10 anos e esta coisa de se ir para o estrangeiro para se ser reconhecido no país dá-me vontade de vomitar.

Globo de Ouro para melhor piada da gala (que não estava no guião):
Alpinista João Garcia enquanto se preparava para anunciar o vencedor: mandam um homem sem unhas para abrir um envelope!. Muito bom.

Globo de Ouro para a melhor gaffe da noite:
Durante a festa no Skones, quando se começa a ouvir a música “I want to live in Ibiza” e o meu amigo comenta: Isto já está a baixar de faixa etária, então agora vão passar a música “I want to be in Benzina”??

Globo de Ouro para melhor mal-entendido da noite (como quem vai ganhar sou eu, já não lhe chamo gaffe):
Ele: Estás a ver isto? A isto é que se devia chamar um país sem stress.
Eu: Peixe em stress? O que raio é um peixe em stress??

Globo de Ouro para melhor solução anti-multa:
À porta do Skones:Estou mesmo a ver, “não senhor agente, eu lá beber, bebi, que aquilo sempre eram os Globos de Ouro, mas não me meti atrás do volante, não senhor, só mesmo atrás do guiador.”

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os Globos de Ouro vistos pela Belota

Mas só daqui a umas boas horas que entretanto já o Sol está a nascer e eu tenho que ir trabalhar daqui a muito pouco tempo.


(Mas quem é que organiza festas a um Domingo??)

(Ah, e também não esperem que eu venha comentar vestidos e quem apareceu ou deixa de aparecer, para isso existem milhares de outros cantos e este não é bem um desses.)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Gostaram de andar na escola?

Hoje entrei numa escola para entregar uma coisa a uma amiga que é professora e saí de lá com um nervoso miudinho terrível na barriga. A verdade é que não me posso queixar muito. A minha vida escolar até correu bem. Mas só até ao final do primeiro dia de aulas da 1ª classe. A partir daí foi sempre a descer. Recordo facilmente o entusiasmo do primeiro dia, depois de me terem dito que ia aprender a ler, oh e eu queria tanto aprender a ler! Claro que ninguém me explicou que isso não aconteceria num só dia e que teria que lá voltar durante anos e anos. Foi dos maiores choques da minha vida. Lembro-me perfeitamente de estar sentada numa cadeira perto da janela e de olhar para o pátio enquanto contava pelos dedos quantos anos daquilo tinha pela frente. Traumatizante. A 1ª classe correu muito mal, meteu psicólogo e tudo pelo meio, que eu, com apenas 6 aninhos, achei logo que aquilo era tudo uma grande perda de tempo. Finalmente um ano depois, com a grande maturidade dos 7, comecei a desenvolver a atitude que hoje considero o segredo de uma vida mentalmente sã, o I just don’t care, com o apoio de uma mãe fenomenal que me deixava fazer o que bem me apetecesse desde que as notas fossem boas. Que não sei muito bem como, mas eram. E lá andámos nisto durante muito tempo. Tive o privilégio de conhecer pedagogias e ambientes bastante distintos, desde os colégios particulares católicos com direito a saias de pregas, meias até ao joelho e avé-marias todas as manhãs, ao liceu público com a rebaldaria total. E em todas as situações fiz amigos para a vida e os únicos casos de bullying a que assisti envolveram professores a dar reguadas nos alunos, coisa que na altura era comum e da qual nenhum pai se queixava em prime time no telejornal. Quem se portava mal apanhava. Eram as regras e todos estavam de acordo. Foram anos estranhos ali na incerteza entre o estar a aprender e o perder tempo. Sim, sim, a frequência escolar ajudou-me a desenvolver capacidades de raciocínio, competências sociais, rebéu, béu, béu, pardais ao ninho. Mas não me venham cá com coisas. Em termos de vida prática, entre o infantário e o 12º ano não aprendi nada de útil que não pudesse ser condensado em 3 ou 5 anos. E assusta-me em quase 30 anos de vida ter passado a maior parte sentada numa carteira de escola. Depois de hoje ter passeado pelos corredores, perscrutado as salas, recordado o cheiro e o som dos passos no estrado do quadro, acabei por sair da escola com uma admiração ainda maior pela amiga de quem já gostava muito. Porque eu, por mais que me pagassem (que ainda por cima nem isso o fazem bem) seria incapaz de me levantar da cama todas as manhãs e voltar para uma sala de aulas. Mas muito admiro os corajosos que o fazem diariamente. Que se calhar são só malucos. Vamos não esquecer essa que é também uma hipótese perfeitamente a ter em conta, mas que não invalida a minha admiração.