sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E lá vamos nós outra vez

Este foi o ano dos investimentos. Foi um ano tão preenchido que me pareceram três ou quatro. Foi o ano dos desafios. Dos limites. Do oito e do oitenta em simultâneo. Do dar tudo por tudo e ser tudo igualmente tão bom e tão mau ao mesmo tempo. Foi o ano em que mais de metade das noites dormi menos de cinco horas e mais de metade das manhãs pensei que era o dia em que me ia despedir no trabalho. Foi o ano em que fiz novos amigos daqueles para a vida, amei como se não houvesse amanhã, voltei à vida académica e aceitei desafios profissionais tresloucados. Foi o ano das aventuras. E para o ano que vem não peço nada de novo até porque não espero que as coisas venham ter comigo sozinhas. Que isto seja válido para todos vocês também, e que o próximo ano traga apenas o retorno merecido de tudo aquilo em que investimos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conversa com o mano #1342

Na sala de espera do hospital, enquanto olhamos para o meu dedo ensanguentado.

Ele: Os teus dedos são fininhos. Qual é o teu número de anéis? Nove?
Eu: Tens noção que ninguém sabe essas coisas a não ser quem precisa dessa informação para o trabalho...
Ele: És mulher, podias perfeitamente saber isso!
Eu: Eu nem sei a letra do tamanho das copas dos meus soutiens!

(após 5 segundos de silêncio)
Ele: Realmente não sei por que me dizes essas coisas.

A Belota tem dói-dói

Bastou um pequenino corte no dedo para uma ida à farmácia, para um argumento gigante que só precisava de comprar "pensos-rápidos grandes", para uma ferida com sangue que não estancava, para ter que pedir boleia ao colega para o hospital, para companhia do mano na sala de espera, para uma hora e meia sentada enquanto aguardava que me chamassem, para um médico estagiário divertidíssimo comigo e desejoso de poder treinar medicina no meu dedito, para uma sala com dois médicos e três enfermeiros, para me perder nos corredores do hospital feita loura-burra, para um taxista que vai calado o caminho inteiro e quando me deixa em casa subitamente diz "este país precisa de uma revolução, mas não é de cravos, é de balas, começa-se na Assembleia da República, só preciso de mais uma pessoa, pode ser uma mulher". Balanço da coisa, dois pontos e uma vacina contra o tétano.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Guia das Mulheres versão BD

Copyright: The Pink Shrink. Aqui. Recomendo muito.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NÃO!!!!!

Já uma vez se tinha falado aqui sobre roupa com motivos infantis e do quão ridículo isso fica numa mulher crescida. Mas isso era antes de eu ter descoberto a versão para homem. E o pior, também existe em cor-de-rosa. Estou escandalizada. Agradavelmente distraída com o senhor da fotografia, mas escandalizada.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Epá, a sério??

Sou daquelas pessoas que não gosta particularmente do Natal. Aliás, não devo gostar mesmo, tendo em conta que no ano passado fugi para a outra ponta do planeta e já uma outra vez tinha feito algo semelhante. Este ano porque não podia fugir, lá me lembrei da melhor forma de passar a coisa. Oferecer-me como voluntária no hospital aqui mais perto de casa. Além da aventura que foi ligar para o gabinete de voluntariado (e a fortuna em ligações e tempo de espera), quando finalmente me retribuíram a chamada, dois dias depois, foi para me informar que não só é uma complicação burocrática uma pessoa inscrever-se como voluntária, como nem sequer está planeado nada para a noite de Natal. Estas coisas deprimem-me. É que nem fazer uma boa acção é fácil!

Não, I do not wish it would rain down on me. Mas chove na mesma.

Um colega meu já me cantou esta música de manhã. Chove na sala de minha casa, e chove no trabalho mesmo em cima da minha secretária. Devo atrair este tipo de coisas. Agora vou só ali ser amiguinha do Phil Collins para ver se tiro algum sentido disto, e já volto.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não há problemas sem solução

Acabei de chegar a casa para descobrir que me está a chover na sala. Ora como um telhado novo me parece algo carote e os tempos não estão para isso, não vejo outra hipótese senão arranjar um menino destes para me proteger os tapetes da água.

Victoria Secret 2010-2011 Fashion Show

Quero TUDO. Tudo. As cuecas, os soutiens, os corpetes, os sapatos, as botas, os colares, as asas, os meninos de abdominais definidos a fazer ginástica lá para o terceiro minuto do vídeo, tudo. Até as meninas boazonas podem vir que eu depois como sou querida faço a distribuição aqui pelos leitores masculinos do blog. No espírito de Natal, até deixo o Capitão Microondas ser o primeiro a escolher.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Detesto compras de Natal

Acabei de chegar de um centro comercial com o ar condicionado no máximo e 300 biliões de pessoas transpiradas a esfregarem-se umas nas outras. E ainda faltam três dias para o Natal. A seguir caminhei à chuva até ao carro. Estou com a sensação que devo cheirar a cão tinhoso e molhado. Que assim de repente é a coisa mais nojentinha de que me consigo lembrar.

Presentes de Natal inesquecíveis

Está neste preciso momento um senhor no telejornal da TVI a sugerir extintores, lâmpadas de emergência e protecções de casa para crianças como presentes de Natal originais. Diz o mesmo, que "quem receber um extintor como presente nunca se vai esquecer!". Pois, aposto que não. Alguém que mo desse e também não se esqueceria. Garanto.

E vocês? Qual foi o presente de Natal mais estranho que já receberam?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Só por causa do mau tempo vamos falar de maminhas para ver se isto anima

Os 7 factos mais curiosos/divertidos/que-aposto-que-não-sabiam sobre maminhas:

A mulher com o maior peito do mundo, chama-se Sheyla Hershey e veste um soutien tamanho 38kkk.
Eu que sou mulher nunca me consegui entender bem com esta coisa das letras no tamanho dos soutiens, por isso, para ficarem com uma ideia, podem espreitar aqui. São falsas, claro, mas também já vi uma imagem da mulher com o maior peito natural do mundo, e, trust me, vocês não querem ver aquilo! Blagh.

A Inglaterra é o país da Europa onde as mulheres têm maminhas maiores
Mas isso já sabíamos. Aqui andamos sempre a par dessas coisas. (link)

Os implantes mamários aumentam o risco de suicídio
Parece que as mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia apresentam mais problemas psiquiátricos do que as restantes. Lindo. Adoro as pessoas que dedicam a vida a este tipo de estudos!

Quase que houve uma lei que impedia mulheres de seios pequenos de conduzirem motas no Vietname
Foi levada a aprovação pelo Ministério da Saúde, em 2008, por questões de segurança (que eu penso que ninguém percebeu muito bem) mas no ano seguinte desistiu-se da ideia.

Em Hong Kong é possível tirar uma licenciatura em Estudos de Soutiens
Ah pois, é um curso do Politécnico lá do sítio. Ensina a desenhar e construir soutiens. Muito bom!

Existe uma Organização Não Governamental que luta pelo direito de as mulheres andarem em topless.
É uma questão de direitos constitucionais, dizem os seus membros. E promovem bastantes encontros de maminhas ao léu, como não podia deixar de ser. Têm um site com um nome muito pouco óbvio, para quem estiver interessado: gotopless.org. (E aparentemente é legal andar despido da cintura para cima no Hawaii, Texas (!!!), Ohio, Nova Iorque e Maine.)

Há um toque para o telemóvel que promete aumentar o tamanho dos seios das mulheres que o ouvem
Foi inventado no Japão, por um médico que combinou uma música com o choro subliminar de um bebé, que aparentemente desperta o instinto maternal das mulheres e faz com que o corpo comece a produzir leite. Parece que basta ouvir o toque 20 vezes durante dois dias para se notar o aumento. Para quem quiser experimentar, o ringtone chama-se... Rock Melon!

E agora, não fosse isto um Guia das Mulheres Para Totós, uma última dica só para eles:
Gostamos tanto de brincar com as nossas maminhas como vocês. ;)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Special delivery at the office

E se em vez de flores, um menino nos enviar uma caixa gigante de bolachas para o trabalho? A Belota está rendida. Gostou muito. Oh gostou tanto! :)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Faz hoje um anito que fui para a outra ponta do mundo

Assumindo o cliché, mas a verdade é que o tempo passa mesmo depressa. Faz hoje um ano que me estava a enfiar num avião para 60 horas de viagem ao todo e um mês inteiro passado entre Bangkok, Austrália, Nova Zelândia e Ilhas Fiji. Lembram-se? E o calor, tanto, tanto calor! Hoje abri a carteira para procurar uma moeda e os meus dedos não queriam colaborar. Estavam congelados. Só por isso já marquei passagem para as próximas férias. E não falta assim tanto.

Aqui fica um apanhado do melhor do ano passado:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Somos tão diferentes, até nas coisas mais básicas!

Quando somos pequenos, os nossos pais vestem-nos de uma forma muito simples. Enfiam-nos a gola da camisola pela cabeça abaixo e depois vêm com a conversa de "agora um braço, agora o outro". Não é muito complicado. Nós crescemos e continuamos com o esquema. Parece apropriado. No entanto, algures durante o crescimento dos homens, solta-se ali um gene qualquer que só eles é que têm, em que decidem que primeiro se enfiam os braços, e depois alarga-se a camisola toda para puxar a gola pela cabeça até ao pescoço. Todos os homens que conheço fazem isto. Nunca percebi porquê.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para acabar com esta onda de sentimentalismos e relações

Assim é que é. Nas palavras de Miguel Esteves Cardoso. Sem tirar nem pôr.

"Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cinco patamares da dor – o que as mulheres sentem no final de uma relação

Estava a ver um episódio repetido de Anatomia de Grey, em que se falava nos cinco patamares da dor. Denial, anger, bargaining, depression, acceptance. E lembrei-me de como isso explicava tão bem o ponto de vista feminino expresso no post anterior, se aplicado ao término de uma relação. Dizia o guião:

"According to Elisabeth Kübler-Ross, when we're dying or have suffered a catastrophic loss, we all move through five distinct stages of grief. We go into denial because the loss is so unthinkable we can’t imagine it’s true. We become angry with everyone, angry with survivors, angry with ourselves. Then we bargain. We beg. We plead. We offer everything we have, we offer our souls in exchange for just one more day. When the bargaining has failed and the anger is too hard to maintain, we fall into depression, despair, until finally we have to accept that we’ve done everything we can. We let go. We let go and move into acceptance."

É que é precisamente por isto que passamos. Se há por aí algum menino que não entenda o que nós sentimos no final de uma relação em que ainda acreditamos, é isto. Daí a nossa persistência e indignação com o derrotismo deles. Primeiro pensamos que aquilo não pode estar a acontecer, depois revoltamo-nos e gritamos, barafustamos, acusamo-los de tudo. De seguida tentamos regatear. Imploramos. Fazemos qualquer coisa só por mais um dia que seja. Quando nos apercebemos que isso não leva a nada e já não conseguimos manter a raiva, caímos em depressão, desesperamos até percebermos que fizemos tudo aquilo que podíamos. E aí podemos partir para a aceitação. Porque sabemos que tentámos tudo. Que não baixámos os braços e que não nos permitimos desistir. E aceitamos com serenidade. Porque sabemos que demos o nosso melhor.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Derrotismo masculino vs Persistência feminina

Já assisti a isto milhares de vezes. Com ex-namorados, com amigos, nas minhas relações, nas relações dos outros, e até em escolhas profissionais. Um homem quando vê um obstáculo e se apercebe que o caminho não augura nada de bom, resigna-se e baixa os braços. Corta o mal pela raíz e convence-se que está a fazer a coisa certa. Escolhe sofrer menos no presente para não sofrer mais no futuro. Nós, por outro lado, vamos até ao fim do mundo pela coisa mais improvável. Custe aquilo que custar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A melhor (ou mais hilariante) definição de amor de sempre

"Amor é esconder quem somos durante todo o tempo, mesmo quando estamos a dormir, amor é dormir com a maquilhagem e descer até ao Burger King para fazer cocó, é esconder álcool em frascos de perfume. Isso é que é amor."

(ouvido num episódio de 30 Rock)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ai que semana tão complicaaaaada...