Não interessa o que é, nós assumimos sempre o pior. Agora antes que se comecem a queixar com a generalização, eu sou a primeira a dizer que não somos todas assim. Mas em geral somos. E nem nos apercebemos! Por alguma razão a expressão é “drama queen” e não “king”. À mínima coisa fazemos um drama e à mínima coisa refilamos (se calhar esta eles já perceberam). Arranjamos intrigas e empolamos as coisas que são ditas (temos jeitinho para isto, sim senhor). Fazemos tempestades num copo de água e arranjamos preocupações com tudo. Aliás, somos mesmo seres preocupados por natureza. E o pior é que eu acho que isto tem tendência a agravar-se com a idade ou com os filhos. A minha mãe, por exemplo, entre outras preocupações com a minha condução, etc., tem sérios problemas com a autonomia do meu telefone. Se acontecer eu ficar sem bateria e ela ligar-me e apanhar o telefone desligado, começa logo o stress. Liga-me de minuto a minuto (literalmente) até eu atender e ela dizer “Está tudo bem? É que o telefone estava desligado!” E até hoje eu não consegui perceber o que é que pode acontecer de mal que envolva um telefone desligado. Se eu não atendesse durante muito tempo e não retribuisse a chamada, ainda vá que não vá. Agora o estar desligado... Se algum dia for assaltada, acho que vou pedir ao ladrão para me desligar o telefone que é para a minha mãe perceber que alguma coisa não está bem. Ou se tiver um acidente, ou se um pneu se furar. Tudo alturas em que, naturalmente, um telefone ligado me daria mais jeito. Mas não. Parece que o raciocínio é o inverso. No entanto, com os homens, embora por desconfiança, fazemos precisamente o mesmo. Até à exaustão. “Por que é que tinhas o telefone desligado? Onde é que foste? Com quem? A que horas é que chegaste? POR QUE É QUE TINHAS O TELEFONE DESLIGADO?” É óbvio que ele não ficou sem bateria. Ou nos está a trair, ou o mundo vai acabar e o holocausto começou na ponta onde ele estava. O pior ainda é que nós gostamos da confusão. Gostamos desta coisa dramática que nos faz sentir vivas. É mais ou menos como a razão estranha que nos leva a querer discutir de vez em quando. Precisamos de drama nas nossas vidas. Mas depois a nossa inconstância leva-nos a queixar que nunca temos sossego. É complicado... E dramático.
(uf, de repente fiquei cansada de ser mulher. Se calhar vou ali refilar com alguém para ver se isto me passa.)
(uf, de repente fiquei cansada de ser mulher. Se calhar vou ali refilar com alguém para ver se isto me passa.)
28 comentários:
ahahaha ....muito bem apanhado sim srª
Mas normalmente isso com a idade tende a acalmar ...... mas há as crónicas Deus nos livre delas!
É bem verdade...
ui....
com esta nos apanhaste....
e quando é o gajo que não atende o telefone?????
Ai os filmes que nós fazemos!
Podes refilar á vontade que nao passa. LOL
Mas tens toda a razao e ás vezes nada melhor que um bom drama para desanuviar. hehehe
Beijos
na na na na na
:P
envolva, belota... envolva...
hahahaha
gostei da sua definição..
mas gosteria de ver vc escrever o nosso outro lado... sem ser o dramático, o neurótico!!!
será que vira?? eheheh
beijos
Eu exagero.
Zango-me, grito, estrebucho, faço um drmaa. Mas a seguir fico calminha e amorosa. Como sempre. :P
Haja paciência para vos aturar!!!
Mulheres, mulheres... O que vale é que com o tempo (em relações) desenvolvemos um chip dentro da cabeça que nos faz ignorar (inconscientemente) grande percentagem do que vocês dizem. Senão dávamos em doidos...
Ui.. somos tão mázinhas... mas eles bem que podiam andar sempre com pelos menos duas baterias suplentes não acham? hi hi...
No final do post é que tu disseste tudo: é complicado. Se tu ficaste cansada de ser mulher, momentaneamente, no final do post, já imaginaste o que nós, homens, aguentamos? Se não vos adorássemos e não tivessemos o tal "filtro" referido pelo Nexis, ficávamos doidos.
alem do referido chip dito pelos companheiros tambem temos a capacidade de estar atentos a olhar para voces e os timpanos estarem automaticamente fechados.a minha fala durante horas e eu na cabeça so vejo liedson a levar o clube as costas
Habituam as mulheres a estarem sempre contactáveis e depois admiram-se.
Sugestões: não atendam o telefone e telefonem lhes quando elas não estão à espera só para dizer o quanto gostam delas ou enviem um sms romântica ou perguntarem o que querem jantar...
Se fôr alguma coisa de urgente, elas que usem o sms. De resto, aguentem!
Não fazemos parte da vida delas. Elas é que têm a sorte de estarem na nossa.
Não usem desculpas quer sejam verídicas ou não.
Experimentem...
lololololol! ACho que os ultimos 3 comentarios dizem tudo... Carlos, papagaio e o Mister Peter puseram em palavras o nosso real ponto de vista!
;-)
Hahahahaah eu escrevi "involva"?! hahaah é o que dá andar sempre à pressa e sem corrector. Ainda diz a menina que usa a escrita como profissão. MT, eu despedia-a. Logo.
Então e depois de refilar, passou?
Nunca li nada tão real! É verdade qe precisamos de uma discussãozita de vez em quando, senão começamos a aborrecer-nos. E do drama...Mas o mais giro é que na maior parte das vezes, termina tudo bem!
Só a imaginação transforma. Só a imaginação transtorna. E depois vem o Barthes dizer-me, e muito bem, que o exílio do imaginário é uma espécie de longa insónia. Palavra de honra que para imaginários desses, desejo a maior insónio possível.
O que realmente me assusta é terem consciência da situação mas até a acharem natural...
b.vilão, não é que seja natural, a questão é que não conseguimos controlar. É mais isso.
Por acaso tenho que concordar contigo... Às vezes sou mesmo assim... loool
bjo****
"Fazemos tempestades num copo de água e arranjamos preocupações com tudo. Aliás, somos mesmo seres preocupados por natureza."
Como eu compreendo isso tudo. É por essa e por outras que tenho o resultado de uns exames médicos que fiz, guardados numa gaveta do escritório (fechada a sete chaves) até que a médica assine o ‘veredicto final’. Desta forma estou a poupar a minha cara-metade a 3 ou 4 semanas de ansiedades (desnecessárias) e também me estou a poupar a mim por não a ver ansiosa. Para ansioso já chego eu.
Abraço
É curioso, mas eu sou homem e no entanto revejo-me um pouco neste post. É verdade, reconheço por vezes sou a criatura mais complicada e dramática que existe à face da terra, que digam as minhas amigas e os meus amigos que costumam afirmar - a coisa pode estar muito má, mas tu ainda a consegues piorar! (deve ser o meu cromossoma X a falar)
é mais tempestades num copo de shot!!
Isto somos nós em alturas normais...
E naquelas semana especial do mês???
Fujem moces.....
JC, com vocês somos extra preocupadas. Chama-se gostar. ;) (sejam quais forem as notícias)
Mas se nós admitimos isso porque é que não mudamos..? :P
Beijinho.
Já fui (mais) dramática. Agora, dispenso discussões, muito menos das sem jeito nenhum.
Mas preocupo-me, seja com a famelga, seja com os amigos. Aí, stresso se não atendem o tmv, mas atendendo, não faço cenas, nem nada, comento apenas: "bem uma gaja morre à espera de ter notícias...", e sigo uma conversa normal. :)
Beijitos
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