1 – Chegar cedo. Evita que as pessoas já tenham grupos formados o que torna mais complicado iniciar contacto com alguém.
Ok, não me parece mal. Desde que não se continue pela noite já com ar de quem está enfadado por lá estar há 4 horas, até parece fazer sentido.
2 – Conversar com as pessoas na fila. Um bom ponto de partida é perguntar a alguém se se está no evento certo.
Quase de certeza que isto terá como resposta um “sim” ou um “não” simpático e cordial. Mas mais que isso duvido. Se não sabe onde está mas mesmo assim está na fila, das duas uma, ou não tem mesmo nada que fazer ou não deve ser muito esperto.
3 – Depois de passar a porta de entrada, estabelecer contacto visual com a primeira mulher que aparecer. Mais uma vez, perguntar se é o evento certo pode ser um bom modo de iniciar uma conversa.
Mais uma vez, já está lá dentro e continua sem saber onde está? Hum, não me soa bem. E o contacto visual com a primeira mulher que aparecer? Já não há um mínimo de selecção? Um criteriozinho que seja? Nada?
4 – Sempre que se conhece uma miúda, deve perguntar-se se ela está sozinha ou com amigos. De seguida, pedir para conhecer os amigos. As mulheres sentem-se mais confortáveis numa dinâmica de grupo.
Verdade. Sentimo-nos mais confortáveis perto dos nossos amigos, mas se calhar deve partir de nós apresentá-los. Se um gajo que eu não conheço de lado nenhum pedir para conhecer os meus amigos, eu vou ficar na dúvida. Ou ele é estranho e não tem amigos próprios, ou se calhar está na esperança que eu lhe apresente uma amiga mais gira que eu.
5 – Depois de saber o nome dela e conversar um bocadinho, seguir em frente. Mostra que não se está desesperado e que se tem coisas para fazer. Pode-se sempre voltar mais tarde.
Sim, pode ser. Se souberem quando sair, pode ser. Gostamos de um bocadinho de luta, queremos espaço e que não pareçam desesperados. Mas façam-no na altura certa. Se se afastarem quando começamos a mostrar interesse, ou quando estávamos prestes a dizer algo, a coisa complica-se. Vamos certamente achar que nos estão a ignorar.
6 – Assim que se seguir em frente, o melhor é escrever num papel o nome da mulher que se conheceu. Pode vir a dar jeito mais tarde.
Ora lá está! Já sabemos que os homens são distraídos. Mas não se lembrarem sequer do nosso nome não abona lá muito a favor deles. Quer dizer que não devemos ter causado uma grande impressão. De qualquer modo, eu daria alguns pontos ao homem que se lembrasse de levar com ele um papel e uma caneta. Lembrarem-se de alguma coisa. Fosse o que fosse. Isso sim, já seria um grande feito.
7 – Faça-se aquilo que se fizer, é crucial evitar ficar parado encostado a uma parede. Os homens que o fazem e ficam estáticos a olhar para mulheres parecem desesperados.
Mas se ao dançar se assemelharem a um doente em crise do Dr. House, escolham ficar parados. Acaba por ser preferível.
8 – Se for necessário descansar, o melhor é procurar um lugar afastado da multidão.
Pois, isto de terem de se lembrar de levar um papel e uma caneta é muita coisa. O melhor é descansarem um bocadinho.
9 – Ter sempre coisas para fazer. Andar com uma máquina fotográfica, ir à casa-de-banho, pedir uma bebida, arranjar um guardanapo. O importante é parecer que se tem sempre um objectivo.
Ter um objectivo é óptimo. Tudo para evitar a imagem de perdido ou deslocado. Andar com uma máquina fotográfica e sempre a caminho da casa-de-banho, no entanto, é que é capaz de começar a passar uma ideia errada...
10 – Se se vir pessoas conhecidas, abordá-las. Podem sempre apresentar mais alguém.
E mesmo que não apresentem mais ninguém, nós gostamos de ver um homem rodeado de amigos. Fá-lo parecer normal e boa pessoa.
11 – Falar com seguranças e porteiros. Dá um ar de importância.
Dá. Então não dá? Sobretudo se o segurança estiver a olhar para eles com aquele ar desconfiado de quem os está prestes a meter na rua...
(cont.)