se arranjares essas patilhas foleiras, eu prometo que esqueço a humilhação de ontem.
(a não ser que continues a dar conferências de imprensa com aquele ar de "belotinha preciso de mimo e festinhas", e nesse caso o Benfica pode continuar a perder)
Agora em versão um homem e duas mulheres (vá, um bebé) cá em casa. Vence a maioria.
Depois do trabalho, 1 par de botas, 1 carteira, 1 colar Marc Jacobs, 1 embalagem de Nesquick de morango, 2 perfumes para a mãe, 1 presente de anos para o pai, e toneladas de chocolates para os amigos, ainda foi preciso comprar uma mala extra. É que faltava o duty free do aeroporto...
Dia 3: Bourton-on-the-Water – Gatwick Airport – Lisboa
Eu sabia que as coisas não podiam ser assim tão simples. A seguir a uma viagem de autocarro de 3 ou 4 horas, lá veio o pesadelo do check in no aeroporto. Tira o casaco, abre a mala, remove o cinto, tira os colares, descalça os sapatos, mostra o conteúdo da carteira. Mostra o conteúdo da carteira?? Bonito... Lá ficou a Belota envergonhadíssima enquanto a senhora do aeroporto tirava cá para fora luvas, documentos, porta-moedas, água, bolachas, moedas, mini-disc, máquina fotográfica, telemóvel, tampões, batons para o cieiro, etc. No meio de tanta confusão, o bilhete de embarque rasgou-se e perdeu-se. Como era óbvio. A seguir ao detector de metais, ao detector de explosivos, ao descalçar de sapatos novamente, à luta com o senhor que não deixava levar as compras connosco no assento do avião, faltavam 3 minutos para a descolagem quando a Belota se apercebe que não tem o bilhete de embarque. Pura e simplesmente não o tinha. Mas vá-se lá perceber estes ingleses estranhos, e então não é que depois de tanta confusão no check in, me deixam embarcar com isto:
A sério!! Uma folha rasgada que nem o meu nome tem, onde uma senhora do aeroporto assinou o nome dela e me deu o seguinte recado “quando entrar no avião diga que fui eu que assinei o papel”. E foi o que a Belota fez. E embarcou. Por isso já sabem, da próxima vez que viajarem, cuidado com os explosivos, com os sapatos, e o que levam vestido. Mas não se preocupem em comprar bilhete, que afinal não é necessário. Basta dizer que vêm da parte de uma senhora qualquer e mostrarem um rabisco qualquer. Ninguém se preocupou nem verificou nada.
Chegados a Lisboa, pego na mala, e lá estava o George Clooney num anúncio sobre as escadas rolantes a cumprimentar-me com uma chávena de café. Assim é sempre bom voltar a casa.
É que nem quando são bebés. A relação dos homens com as mulheres começa a falhar no preciso momento em que eles aprendem a falar. Reparem como este bebé de 3 anos diz à mãe que não gosta dela. A não ser quando ela lhe dá bolachas!
Para quem não tem paciência para o vídeo, o diálogo, traduzido, é o seguinte:
Mãe: Diz lá o que acabaste de me dizer...
Bebé: Eu gosto de ti quando me dás bolachas.
Mãe: Gostas de mim quando eu te dou bolachas, mas não gostas sempre de mim?
Bebé: Não. Não. Eu gosto de ti, só gosto de ti, quando me dás bolachas.
Mãe: Ah, então só quando eu te dou bolachas é que gostas de mim...
Bebé: Sim
Mão: Ok, mas eu amo-te.
Bebé (com ar complacente): Eu também te amo, mas não gosto de ti o tempo todo...
Mãe: Ah, ok, obrigada.