Depois dos vários comentários que o assunto gerou, tornou-se claro que este era um tema a ser abordado novamente. Aconselho a todos que leiam os comentários aqui antes de ler este post. Houve quem contasse como conheceu o amor online, quem revelasse que não sentiu diferença alguma entre conhecer uma pessoa através do computador ou fora dele, e quem assumisse dúvidas e receios. Mas aquilo que mais me impressionou, foi que sem ninguém se aperceber, todos pareciam estar de acordo com uma coisa: a pessoa certa existe. Independentemente do sítio onde a encontramos.
A verdade é que o amor distorce a realidade. E ainda bem que assim é. Torna as coisas mais mágicas. Quando se está apaixonado qualquer história sobre o primeiro encontro é maravilhosa. Quer tenha sido numa gôndola em Veneza por baixo da Ponte dos Beijos, na fila da repartição das finanças, ou através do teclado de um computador. Sob a alçada desta teoria tanto faz se conhecemos alguém ao vivo ou online, uma vez que é aos detalhes que vamos dar importância. Podia estar a chover incansavelmente, podia ser o dia de Sol mais bonito, podia ser aquele dia em que tudo corre mal mas depois conhecemos uma pessoa que muda tudo, podia ser tanta coisa que acontece em simultâneo dentro e fora do espaço virtual. Na verdade não faz diferença. Aquilo que faz diferença é o modo como encaramos as coisas, e nesse sentido só de nós depende a interpretação de uma história romântica ou não. Se estamos por vezes dispostos a alinhar em blind dates ou a conhecer o amigo da amiga do amigo do primo, se conhecemos pessoas à noite sob a influência do álcool e em espaços onde a música ensurdecedora não nos deixa ter uma conversa minimamente decente, quem somos para duvidar dos encontros online?
A grande questão sobre o romance virtual recai sobre a honestidade de cada pessoa. É natural que pintemos um retrato melhor de nós mesmos se estamos a conhecer alguém à distância, mas por outro lado, não é isso que fazemos ao vivo também? Temos cuidado com a aparência, tentamos ir a sítios giros e só contamos as histórias que nos convêm. Não vejo grande diferença a não ser no impacto inicial. Por outro lado não sei se este impacto inicial não será uma coisa feminina. Gosto da ideia de encontrar um homem e pensar que ele representa tudo aquilo que eu andava à procura. E isso sente-se, não se lê, logo não sei muito bem como tal pode acontecer através de um computador a não ser que se arrisque um encontro com a pessoa, o que a médio/longo prazo será inevitável. Eu não aceito pessoas estranhas no meu Hi5, não dou o meu número de telefone a ninguém, mas dou um contacto por e-mail sem hesitações. E penso que existe um novo conceito de segurança que nos faz gostarmos das novas tecnologias. Mais facilmente não respondemos a um e-mail do que nos levantamos a meio de uma refeição num restaurante e nos vamos embora. Mais facilmente vamos deixando de falar com a pessoa online do que lhe dizemos cara-a-cara que afinal ela nem faz o nosso género. Estamos a ficar comodistas e pouco corajosos. O computador permite-nos um escape fácil.
Se usamos a Internet porque nos sentimos mais à-vontade para nos darmos a conhecer, se a usamos porque estamos duvidosos e não queremos permitir uma aproximação maior, ou se não a usamos sequer, o ponto fulcral é que em termos lógicos e estatísticos, se a pessoa certa existe, quanto mais a procurarmos mais hipóteses temos de a encontrar. E estou completamente convencida de que não será o método nem o local de busca a determinar o sucesso da procura.
A verdade é que o amor distorce a realidade. E ainda bem que assim é. Torna as coisas mais mágicas. Quando se está apaixonado qualquer história sobre o primeiro encontro é maravilhosa. Quer tenha sido numa gôndola em Veneza por baixo da Ponte dos Beijos, na fila da repartição das finanças, ou através do teclado de um computador. Sob a alçada desta teoria tanto faz se conhecemos alguém ao vivo ou online, uma vez que é aos detalhes que vamos dar importância. Podia estar a chover incansavelmente, podia ser o dia de Sol mais bonito, podia ser aquele dia em que tudo corre mal mas depois conhecemos uma pessoa que muda tudo, podia ser tanta coisa que acontece em simultâneo dentro e fora do espaço virtual. Na verdade não faz diferença. Aquilo que faz diferença é o modo como encaramos as coisas, e nesse sentido só de nós depende a interpretação de uma história romântica ou não. Se estamos por vezes dispostos a alinhar em blind dates ou a conhecer o amigo da amiga do amigo do primo, se conhecemos pessoas à noite sob a influência do álcool e em espaços onde a música ensurdecedora não nos deixa ter uma conversa minimamente decente, quem somos para duvidar dos encontros online?
A grande questão sobre o romance virtual recai sobre a honestidade de cada pessoa. É natural que pintemos um retrato melhor de nós mesmos se estamos a conhecer alguém à distância, mas por outro lado, não é isso que fazemos ao vivo também? Temos cuidado com a aparência, tentamos ir a sítios giros e só contamos as histórias que nos convêm. Não vejo grande diferença a não ser no impacto inicial. Por outro lado não sei se este impacto inicial não será uma coisa feminina. Gosto da ideia de encontrar um homem e pensar que ele representa tudo aquilo que eu andava à procura. E isso sente-se, não se lê, logo não sei muito bem como tal pode acontecer através de um computador a não ser que se arrisque um encontro com a pessoa, o que a médio/longo prazo será inevitável. Eu não aceito pessoas estranhas no meu Hi5, não dou o meu número de telefone a ninguém, mas dou um contacto por e-mail sem hesitações. E penso que existe um novo conceito de segurança que nos faz gostarmos das novas tecnologias. Mais facilmente não respondemos a um e-mail do que nos levantamos a meio de uma refeição num restaurante e nos vamos embora. Mais facilmente vamos deixando de falar com a pessoa online do que lhe dizemos cara-a-cara que afinal ela nem faz o nosso género. Estamos a ficar comodistas e pouco corajosos. O computador permite-nos um escape fácil.
Se usamos a Internet porque nos sentimos mais à-vontade para nos darmos a conhecer, se a usamos porque estamos duvidosos e não queremos permitir uma aproximação maior, ou se não a usamos sequer, o ponto fulcral é que em termos lógicos e estatísticos, se a pessoa certa existe, quanto mais a procurarmos mais hipóteses temos de a encontrar. E estou completamente convencida de que não será o método nem o local de busca a determinar o sucesso da procura.
10 comentários:
Pronto, ok, lamechices à parte, eu continuo a achar que me sairia na rifa um serial killer qualquer… :D
Cada um tem o que merece :P
(ps: obrigado, adorei o último que não contou :P)
Eu continuo a achar k me sairia na rifa um serial fucker LOOL
Concordo totalmente com o post! por isso não tenho mais nada a acrescentar porque está completo. RIcardo
Um serial fucker... É bom sonhar não é Pistaxa? ahahah
concordo
Eu acho possível, será necessário filtrar bem a coisa, mas existem boas pessoas por ai. Das que conheci, é uma média de 50/50 e neste momento já estou numa relação de quase 2 anos, com uma pessoa que conheci via net.
Partilhar interesse, conhecer a pessoa com calma e paciência, sem a precipitação de ir a correr para um encontrou ou algo mais...é possível.
Mas também concordo, com se defender o facto de uma pessoa falar tão bem via web, mas pode chegar a passar por nós e nem dizer uma palavra. É isso o que me chateia destas novas tecnologias...deixa de haver contacto visual e as personalidades espontâneas, perdem-se...ficando um vazio de timidez.
É como jogar na roleta russa e filtrar muitooo bem a coisa, fazendo isto, é um meio como qualquer outro. Mas sempre dá para ver um pouco do rótulo, antes de comprar :)
Um beijo belota.
Nunca ca comentei, mas nao podia deixar de o fazer hoje...
Tive um namorado que conheci pela internet, ha muitos seculos, era o tempo do IRC, e namoramos dois anos... Ainda hoje somos amigos, mas nao era a pessoa certa! Passamos bons momentos apesar de tudo!
Mas estou a escrever com a confirmacao que a pessoa certa existe - nao parece uma afirmacao tao omnisciente? - e as vezes esta mais perto do que pensamos...
Andei 3 anos a tropecar nela, pelos corredores da faculdade, e apesar de termos as nossas "birras", nunca fui tao feliz!
ps: peco desculpa por este post tao lamechas :p mas o amor e assim :)
Bom dia alegria!!!!
Não podia estar mais de acordo contigo Belota!!!
Não importa a forma como conhecemos o amor,importa sim reconhecê-lo quando damos de caras com ele e agarra-lo sem medos nem tabus!
A internet tem algo de fantástico:as pessoas tornam-se mais sinceras,ou seja,até podem exagerar na aparência e pintar um retrato mais bonito de si próprias,mas fala-se de coisas mais sérias e íntimas pela net do que pessoalmente.Não há o constrangimento inicial do olho no olho,se eu estiver a falar com uma pessoa que não conheço de lado nenhum e me apetecer dizer que sou um bocado tarada e adoro mandar umas fodas em locais publicos para ser observada,eu digo.Digo e observo a reação do outro lado.Se for boa,muito bem,se for má,patins no gajo e bora la procurar um "serial fucker" mais despudorado!
Eu pelo menos sempre fui uma desbocada na net.Ok,acho que também sou assim ao vivo e a cores...:)Mas o que interessa é que a net nos permite um desinibição maior do que é natural.Permite-nos falar de temas que só com muitas saídas para tomar café é que teriamos coragem de falar.Permite-nos uma noção mais rápida e fiável de quem está do outro lado.E depois ,é claro,há que arriscar para ver se o principe que estava do outro lado é mesmo um principe ou se não passa de um sapo mentiroso!!!
Beijos e keijos
É verdade que é complicado encontrar a pessoa certa pela internet, mas eu encontrei e dissecando todo o processo, é capaz de parecer quase um conto de fadas! Conheci a Carla no dia 12 de Junho através do Meetic [um site que um amigo meu me havia recomendado 1 ano antes a esta data, mas que só 1 ano depois decidi registar-me], açoriana, e no dia 24 de Junho estava no aeroporto de Lisboa a recebê-la. Nunca lhe enviei nenhuma foto minha, mas recebi uma dela. Foi um risco enorme para ambas as partes, mas mais para ela (uma vez que, veio à total confiança). No espaço de 12 dias, falámos acima de 6horas em média diária. Hoje, faz 10 meses que estamos juntos e felizes a viver em Lisboa e a vida é tão mais bela para mim hoje em dia! :)
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