quarta-feira, 10 de março de 2010

Tudo está bem quando acaba bem

Aqui há uns poucos dias, estava a caminho da faculdade e atropelei um gato. Um gato suicida, que eu ia sossegadinha e calmamente, vi o gato na berma da estrada, e só quando eu vou a passar é que ele resolveu atirar-se para baixo da roda. O barulho foi indescritível. O gato andou aos trambolhões por baixo do carro, eu aos gritos agarrada ao volante, tudo uma experiência muito boa e a repetir. Depois de encostar o carro e respirar fundo umas vinte vezes, voltei para trás para ver se o gato estava vivo e a sofrer na estrada. Não sei muito bem o que faria nesta situação mas a verdade é que não conseguia seguir em frente como se não tivesse acontecido nada. Fiz a mesma estrada três vezes, e o gato, nem vê-lo. Lá segui caminho para as aulas mais descansada. Chego ao parque da faculdade, diz-me logo o senhor da cancela “A menina bateu com o carro? É que tem aí uma coisa presa na roda!”. Pronto. Era o gato. Claro que pensei logo que era o gato! E sair para ir lá ver? Está bem, está! Estacionei o carro, saí sem olhar, e no intervalo arranjei um colega voluntário à força para ir ver o que se passava. O gato felizmente não estava lá a esvair-se em sangue, mas tinha partido uma peça inteira que ia de uma roda à outra. Lá se arranjou aquilo provisoriamente e eu segui para casa sem problema. Ontem tive um dia daqueles... No emprego tudo em stress. O computador avariado há 15 dias e trabalho marcado até para o fim-de-semana. Meto-me no carro ao final da tarde para ir para as aulas, ligo o rádio na Antena 3 para ouvir a Prova Oral, e falava o Fernando Alvim precisamente sobre stress. Adequado. É nisto que oiço um barulho enorme e passo por cima de algo. Tinha caído a peça que estava partida e toda a protecção da parte de baixo do carro. Tudo. Caiu tudo! Raios partam o gato, que aparentemente o carro não o conseguiu. Lá vai o papá ter com a menina à auto-estrada, espreita para baixo do carro e diz “Então tu não vês que falta aqui uma peça enorme?”. Vi, claro que vi, até porque eu sei exactamente o que é suposto lá estar ou não. Ou me aparece uma seta vermelha gigante com a legenda “o problema está aqui”, ou eu bem que podia ter ficado a olhar para o carro. Resumindo e concluindo, é mandar vir peças novas, andar uns dias à boleia, e gastar uma fortuna no arranjo. Tudo isto por causa de um gato. Que sobreviveu. E do qual eu ainda senti pena. Estúpida! Peço boleia ao pai para apanhar o resto das aulas, chego lá e tenho que apresentar um trabalho de grupo feito ali em cima do joelho durante as apresentações dos colegas. Bateram-nos palmas e conseguimos uma nota de 9,5 numa escala que vai até 10. Compensou pelo dia inteiro. :)

16 comentários:

Anónimo disse...

Looool, espectacular, o 9,5 foi merecido depois disso tudo x)

Anónimo disse...

No meio de tanto azar, ainda aconteceu algo bom :)
Ainda bem...

****
Vasco

Eu Mesma! disse...

bem...
parabens pela nota que o resto... miuda... minha nossa!

Deia disse...

Se não fosse essa nota acho que irias andar deprimida por uns tempos!

Anónimo disse...

Coitado do gato!! Ainda deve andar aí a sofrer... :/

Parabéns pela nota!

E não te preocupes com o carro, vai ficar como novo (eu percebo minimamente disto xD)

Beijinhos*

6th nonsense disse...

O gatito dificilmente sobreviveu :-( Deve ter fugido e ido literalmente morrer longe. Lamento! :-(

Anónimo disse...

Moral/Conclusão da história:

O gato não era preto.
Sabes porquê? Esses dão azar quando cruzam o nosso caminho e, afinal, tiveste um bom dia a partir da passagem do animal, basta constatares a nota do trabalho.

Melhores dias virão.

LJC

Unknown disse...

O meu dia de hoje foi mais ou menos assim... Infelizmente ou não, ainda nada chegou para compensar!

Paulinha disse...

Devias era ter tido o 10, bolas!!!

E os gatos a andar de trela, com coletes reflectores e aulas teóricas sobre circulação pedestre (mas com patas, pronto....)

Tudo está bem quando acaba bem!

;)

O Gajo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Gajo disse...

Menina Belota,

Não querendo de forma alguma desanimá-la, já pensou no seguinte: se o gato tem sete vidas e ainda só gastou a primeira, talvez fosse conveniente alterar o percurso que costuma fazer! Imagine que ele é um “kamikaze” e resolve gastar as outras seis consigo e contra o seu carro?!??

O melhor é começar a abrir a carteira… e a fazer uma escala das boleias de que vai necessitar! :-ppp

Abobrinha disse...

Não tiveste hipótese com o gato: ele escondeu-se, obviamente. Pode ser que tenha recuperado. Mas devia ser um raio de um vitelo para te estragar o carro: normalmente os cães é que fazem isso e nem todos.

Quanto à nota, parabéns! Isso prova que a história do karma não se aplica, senão a alma do gato teria enguiçado a coisa ;-)

Alina Baldé disse...

eu atropelei um pombo. pensava que eles fugiam sempre.

Belota disse...

Hahaha ainda bem que avisas! Eu também pensava que eles fugiam sempre! Aliás, há um episódio de Seinfeld inteirinho sobre isso! lol

Belota disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mrlomb disse...

(ړײ voce é uma deusa muitoooooooooooooo linda eu deitaria para seratropelado debaixo de um carro que vc estivesse dentro suplicaria de joelhos para me permitir ser atropelado baixo de vc...por que vc é suprema é lind ao extremo