segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Por trás de um grande homem há sempre alguém

Vi o documentário “L’Amour Fou” sobre a vida de Yves Saint-Laurent, contada na primeira pessoa por Pierre Bergé, o companheiro de vida, de negócios, de tudo. E mesmo durante as cenas em que ele é visto a vender tudo o que tinham num leilão da Christie’s, mesmo sabendo que se Saint-Laurent fosse vivo não o faria, que as peças representam momentos de vida a dois e que eram parte das suas almas, mesmo assim, é impossível sentir um pouco que seja de animosidade por aquele homem. Não posso dizer neste caso que por trás de um grande homem houvesse uma grande mulher. Mas posso dizer que havia um outro grande homem. Porque é por isso que temos relações, que formamos equipas, que não vivemos sós. Porque de facto juntos somos mais fortes. E Yves Saint-Laurent nunca teria sido quem foi se não fosse por Pierre Bergé. Sorte a de quem encontrar na vida alguém assim que traga o melhor de nós ao mundo. Saí do filme serena e inspirada. Quero o mesmo para mim. E quero também ser esse outro alguém especial que traz o melhor de quem estiver comigo. Parece-me uma relação com sentido. Será pedir muito? É que estou certa que não o farei por menos.

11 comentários:

Abobrinha disse...

Não, não é pedir muito. Aliás, não te deves contentar com menos que isso. Mulher nenhuma devia. E, já agora, nenhum homem.

CurlyGirl disse...

Não é pedir muito. Tenho a certeza que vais sê-lo, ou que já és essa pessoa especial para alguém. =)

N.O.B.O.D.Y. disse...

Uma grande amiga minha disse-me um dia, após um casamento e algumas relações falhadas, que não ia abdicar do que pretendia num homem e numa relação apenas para não ficar sozinha; não ia contentar-se com o "second best". "Antes só que mal acompanhada" dizia-me ela. Passado algum tempo disse-me que era finalmente feliz com um homem, numa relação: "Sou eu mesma, e ele adora-me como eu sou" dizia-me ela com uma felicidade que nunca lhe tinha sentido.

Eu tenho seguido esse mantra, mas, infelizmente, vejo muita gente infeliz simplesmente porque não compreendem que para têr uma relação feliz, têem que se sentir felizes na relação: não aceitam que mais vale só e feliz que acompanhado e infeliz.

Francisco o Pensador disse...

Não, creio que não é pedir muito. Mas o tempo de espera que a vida poderá te impôr até alcançares o que desejas é que poderá te parecer uma eternidade.

Microondas disse...

Bem verdade. Apesar de tudo no teu caso suspeito que queres também um calmeirão que acarte com a bilha de gás pela escada acima. Esperta.

Laredo disse...

Parece que muito boa gente acha que não é pedir muito.
Pois não concordo, acho que é pedir muitíssimo, o que não significa que se deva fazer por menos...

Não é fácil, todos sabem que não o é, se fosse, talvez não houvesse tantos blogs, talvez não houvesse tanta gente a navegar por aí tantas horas e meses e anos...!

Já repararam bem no vosso nível de exigência? E nas contrapartidas que podem oferecer? Somos demasiado exigentes, ou simplesmente não temos assim tanto a oferecer à outra parte?
Ou tenta-se demasiadas vezes o impossível, com quem não tem as bases comuns essenciais?

Estamos prontos a fazer aquele chorrilho de cedências fundamentais? Onde está afinal o meio termo? O encaixe a 100% é quase impossível de obter, mesmo que o nosso "universo estatístico" seja enorme.

Quem quer de facto oferecer a maleabilidade necessária a construir algo, e acertar as arestas? É que o pronto a consumir, pode nunca chegar...e a ridigez é elevada, e quanto mais tempo passa, mais rígida fica.

Mas tu dá-lhe belota, é uma questão de fé, de tempo, de sorte...um dia vais conseguir, uma boa parte de nós vai conseguir, só que quando se contabiliza o tempo perdido, questiona-se se não poderíamos, com mais investimento, ou com um diferente tipo de investimento em nós próprios, termos de alguma forma encurtado todo o processo.

Look by me disse...

Claro que sim, bj e boa sorte

Dora disse...

Por acaso não vi mas agora fiquei curiosa.

Anónimo disse...

já que estás numa de biografias, recomendo te que vejas o filme:
Gainsbourg "la vie heroique", conta uma versão da vida de serge gainsbourg e das mulheres fantásticas que fizeram parte da vida dele, no amor e na musica (brigitte bardot e jane birkin)...

Doutorphil...je ne t'aime plus

B. disse...

Não é pedir muito. eu também não o farei por menos!

Calíope disse...

Não faz sentido é se for de outra maneira.